Índice de coronavírus no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto de 2021

Índice de coronavírus no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto de 2021

Após quatro meses de baixa na concentração do novo coronavírus no esgoto da capital goiana, a carga viral voltou a subir na semana do Natal. Atingindo uma alta concentração na última semana, com índices proporcionais aos que foram detectados no mês de agosto de 2021.

Os pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) responsáveis pelo monitoramento do vírus no esgoto da cidade de Goiânia desde maio do ano passado, já projetam publicar um Alerta Precoce a ser divulgado para as entidades de Saúde.

Segundo divulgado no no último boletim de monitoramento da Rede Vírus-MCTI, a concentração do vírus encontrada no esgoto coletado na segunda semana do mês de janeiro deste ano é a maior desde 18 de agosto de 2021, e a tendência é de um aumento da carga viral.

Veja o aumento da concentração do coronavírus no esgoto de Goiânia

Conforme apontam os dados, a alta nos índices ocorre após um período de queda dos registros do material genético do vírus no esgoto. Desde setembro de 2021, as taxas de concentração oscilavam em níveis médios ou até mesmo inferiores ao limite de detecção. Como por exemplo, em algumas semanas de outubro, novembro e dezembro de 2021, não foram identificadas cargas virais no esgoto da cidade.

Monitoramento da Rede Vírus-MCTI/UFG// Foto: UFG

De acordo com os dados da Rede Vírus-MCTI, na primeira semana de janeiro houve constatação de aumento dos índices, apesar de não ter atingido média concentração do vírus da Covid. Já na segunda semana de janeiro, foi apresentada uma lata concentração do vírus.

Segundo informações da instituição, o aumento da concentração do vírus no esgoto da capital, pode estar ligado às chuvas intensas, que diluíram o material de análise.

 Emissão do alerta precoce

Em frente do aumento da carga viral nas águas residuárias de Goiânia, os profissionais responsáveis pelo monitoramento planejam emitir um alerta precoce às entidades de saúde da região. Ao Jornal UFG, uma das responsáveis pelo monitoramento, a professora Gabriela Duarte, disse que os dados são uma importante ferramenta  epidemiológica, que sugere a necessidade de ações de controle sanitário, já que a frequência da Covid-19 em uma comunidade pode ser estimada pela detecção do RNA do coronavírus no esgoto.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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