Influenciadora Francielly Paiva é acusada de lavar dinheiro do tráfico com venda de conteúdo adulto

Francielly Paiva, influenciadora, modelo e corretora de imóveis, tornou-se alvo da Operação Portokali, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira, 9. Ela é suspeita de lavar dinheiro proveniente de tráfico de drogas por meio da venda de conteúdo adulto. Além de ostentar uma vida de luxo em redes sociais, Francielly é irmã de um traficante preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).

A operação, que contou com o apoio das polícias civis do Tocantins (PCTO), Maranhão (PCMA), Distrito Federal (PCDF) e Paraná (PCPR), resultou na emissão de dez mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Francielly, considerada foragida, negou envolvimento ao ser procurada pela imprensa, embora tenha movimentado cerca de R$ 30 milhões em um ano, segundo as autoridades.

A investigação teve início após a prisão de um suspeito em Itajaí (SC), cujo celular revelou detalhes sobre a quadrilha em Goiás. De acordo com a PCGO, o grupo usava “laranjas” e operadores financeiros para disfarçar o dinheiro sujo, e Francielly teria um papel central nessa estrutura. Além de vender conteúdo adulto, ela utilizava sua imagem pública para encobrir as atividades ilícitas, promovendo uma vida de luxo em viagens e festas.

Durante a operação, a polícia apreendeu veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos que serão analisados para aprofundar a investigação. A influenciadora pode responder por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de outras possíveis acusações.

As autoridades seguem investigando o esquema, rastreando transações financeiras e buscando identificar outros envolvidos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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