Dinheiro e raiva podem ter motivado crimes de mulher contra amiga, nora e filha
no interior de SP, diz polícia
Elizabete Arrabaça foi indiciada pelo assassinato de Larissa Rodrigues e é
investigada pela morte de Nathália Garnica e, agora, por suspeita de envenenar
amiga e madrinha de casamento há oito anos.
Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (DE) acredita
que os crimes cometidos por Elizabete Arrabaça nos últimos anos tenham tido como
motivação principal o dinheiro e a raiva.
Segundo o delegado José Carvalho de Araújo Júnior, da Divisão Especializada de
Investigações Criminais, é possível que a mulher, de 68 anos, tenha
cometido dezenas de crimes ao longo da vida, com sobreviventes ou não.
Elizabete foi indiciada pelo assassinato da nora,
Larissa Rodrigues, e é investigada pela morte da filha,
Nathália Garnica, e por suspeita de envenenamento de uma amiga por causa de um
colar.
> “Dinheiro e raiva podem ter sido a motivação. Teve momentos de muita raiva da
> filha e do caso dessa amiga que depôs hoje [segunda-feira]. A gente acredita
> que, realmente, ela não fez só esses casos. Pelo tempo de vida que ela tem e
> pela forma como ela reagiu a tudo até agora, mostra ser uma pessoa que tem
> traços seríssimos de transtorno”.
À EPTV, afiliada da TV Globo, o delegado disse que vai investigar todos os casos
que surgirem com relatos semelhantes envolvendo Elizabete. Um inquérito para
apurar a morte da cachorra de Nathália, que estava sob os cuidados de Elizabete
quando morreu, também foi aberto.
“Achamos muito difícil que essa pessoa tenha começado a cometer esses crimes
agora nessa idade. É bem possível que existam casos anteriores e nós vamos
investigá-los assim que tivermos conhecimento, estamos investigando todos os
casos que aparecem de pessoas que trazem relatos semelhantes”.
Na segunda-feira (30), Neusa, antiga amiga de Elizabete, prestou depoimento e
confirmou à polícia que passou mal após tomar um remédio para dor de cabeça
entregue a ela pela suspeita.
À época dos fatos, ela não quis comprar um colar.
O caso aconteceu há oito anos, em Pontal (SP), e será
investigado agora.
À EPTV, o advogado de defesa de Elizabete Arrabaça informou que aguarda o
andamento desta nova investigação.