Investigação da PF: Deputado Júnior Mano suspeito de desvios e fraudes no Ceará

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Desvios, emendas, fraudes: o que sabemos sobre a investigação da Polícia Federal contra o deputado Júnior Mano, do Ceará

Mandados foram cumpridos no gabinete do parlamentar, em Brasília, e em cidades cearenses. O grupo é suspeito de fraudes em licitações e desvio de emendas parlamentares. O político nega qualquer envolvimento nas acusações.

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (8) a Operação Underhand, que investiga desvio de verbas públicas por meio de emendas parlamentares e licitações fraudulentas envolvendo prefeituras do Ceará. O principal alvo é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), que teve seu gabinete em Brasília vasculhado por agentes.

A operação é parte de uma investigação que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, um grupo ligado ao parlamentar cobrava 12% de “pedágio” das prefeituras sobre o valor das emendas para liberar os recursos e direcionar as contratações. Parte desses recursos desviados teria sido destinado ao financiamento de campanhas eleitorais nas eleições municipais do ano passado.

Foram cumpridos 15 mandados nas cidades de Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio, além de Brasília. Nova Russas, administrada pela esposa de Júnior Mano, Giordanna Mano (PRD), foi o município que mais recebeu emendas do parlamentar. A PF não detalhou os alvos nem os recursos sob investigação na cidade.

Em comunicado, o deputado negou as acusações e afirmou não ter participação em processos licitatórios. Ele expressou confiança de que a verdade dos fatos prevalecerá após a conclusão da apuração.

No relatório, a PF mencionou os nomes dos deputados federais José Guimarães (PT-CE), Yuri do Paredão (Avante-CE) e do ex-presidente do Senado e deputado licenciado Eunício Oliveira (MDB-CE). Os três aparecem em trechos do inquérito enviados ao STF, mas não são alvos da operação nem estão sendo investigados.

Júnior Mano é alvo de suspeitas de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares no Ceará. A operação da PF busca esclarecer o funcionamento do esquema criminoso e os crimes envolvidos, incluindo organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

O deputado reitera sua inocência e sua não participação nas irregularidades. Atualmente, ele é membro da Comissão de Saúde e da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional na Câmara dos Deputados e possui uma longa carreira política no Ceará. A investigação continua a apurar os fatos e envolvidos no esquema de desvios de verbas públicas no estado.

Os cidadãos cearenses aguardam por mais esclarecimentos e transparência neste caso de corrupção envolvendo autoridades políticas locais. É fundamental que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelas suas condutas ilegais. A sociedade civil deve permanecer atenta e vigilante para garantir a integridade e a lisura das instituições democráticas do país.

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