Investigada por fraudes no INSS transferiu R$ 1,2 milhão a contatos durante viagens internacionais

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) identificou movimentações suspeitas envolvendo Cecília Rodrigues Mota, investigada na operação “Sem desconto”, que apura fraudes contra o INSS. Segundo relatório da corporação, ela repassou, de forma fracionada, cerca de R$ 1,2 milhão a pessoas próximas durante viagens internacionais realizadas entre janeiro e novembro de 2024.

De acordo com a PF, Cecília realizou 33 viagens ao exterior em 2024 e oito em 2023, acompanhada por diferentes pessoas que também aparecem como beneficiárias de transferências bancárias. Um dos contatos viajou com ela cinco vezes para Paris e recebeu R$ 366,9 mil em múltiplas operações das empresas ligadas à investigada. Outro, que a acompanhou em 15 viagens internacionais, recebeu R$ 120 mil. Um terceiro nome, citado no relatório, esteve presente em 13 viagens e recebeu R$ 23 mil. Segundo a polícia, ele transportava volumes significativos de bagagem, sem especificações sobre o conteúdo.

Há ainda registros de R$ 400 mil repassados a um quarto acompanhante, também presente em 15 viagens ao exterior. Um dos casos que mais chamou atenção dos investigadores é o de uma mulher que se identificou como faxineira, mas recebeu mais de R$ 353 mil e acompanhou Cecília até Dubai.

A Polícia Federal suspeita de um esquema de lavagem de dinheiro, investigando se os valores transferidos foram posteriormente sacados no exterior, dificultando o rastreio. Além das transações durante as viagens, a PF também identificou movimentações que somam R$ 14 milhões distribuídos a pessoas e entidades por meio das contas pessoais de Cecília e de suas empresas.

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