Iporá: STF nega habeas corpus a prefeito acusado de tentar matar ex e namorado dela

Suspeito de invadir casa e atirar contra ex, Prefeito de Iporá recebe alta médica

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o habeas corpus do prefeito afastado de Iporá, Naçoitan Araújo Leite, acusado de tentar matar a ex-mulher e o namorado dela em 18 de novembro. O documento foi assinado pelo ministro Luís Roberto Barroso e divulgado nesta segunda-feira, 25.

No pedido, a defesa alega que Naçoitan “apresenta fatores de risco cardiovasculares e sequelas do tratamento cirúrgico” e, por isso, seria “inadequada e arriscada a permanência dele no sistema carcerário”.

Já na decisão, o ministro Barroso informou que não foi verificado “situação de teratologia ou ilegalidade flagrante que justifique o acolhimento do pedido cautelar” e pontuou que não existe impossibilidade para o tratamento das doenças mencionadas pela defesa dentro da prisão.

Histórico de problemas de saúde

Desde que foi preso, o prefeito afastado de Iporá tem apresentado problemas de saúde e chegou a deixar o presídio em 25 de novembro após um mal-estar que ocasionou em vômito e diarreia. Naçoitan retornou ao presídio apenas no dia 28 de novembro, quando apresentou melhora no quadro clínico. No entanto, dois dias depois, ele precisou retornar à unidade hospitalar após passar mal mais de uma vez no presídio.

“Passou mal após o julgamento e foi levado para o hospital. Ao que parece, com princípio de infarto, deve passar por exames para confirmar”, informou o advogado.

Naçoitan recebeu alta no mesmo dia em que foi levado ao hospital e se encontra detido em um presídio do município goiano.

Relembre o caso

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 18 de novembro. Segundo a Polícia Civil, o prefeito de Iporá teria invadido a residência da ex-namorada com uma caminhonete e atirado cerca de 15 vezes contra a porta do quarto onde ela dormia junto com o namorado. Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança.

Logo após cometer o crime, o prefeito fugiu. Sua prisão foi determinada no mesmo dia pela Justiça, mas ocorreu somente no dia 23 de novembro após o político se entregar à polícia. Em depoimento, o prefeito contou que havia se separado da mulher há cerca de dois meses e que não aceitava o fim do relacionamento.

A vice-prefeita Maysa Cunha assumiu a prefeitura de Iporá logo após a prisão de Naçoitan.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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