Israel divulga vídeo de suposto tiroteio com membros do Hamas na porta de hospital

Forças de Defesa de Israel (FDI) relataram um intenso confronto na Faixa de Gaza, onde soldados trocaram tiros com membros do Hamas na entrada do hospital Al Quds. A ação ocorreu após a descoberta de que membros do grupo terrorista haviam se infiltrado entre os civis na região.

O vídeo não verificado da suposta ação foi publicado no perfil no X do FDI, que mostra terroristas armados com lançadores de foguetes fora do hospital. “O que é que estes terroristas do Hamas poderiam estar a fazer com um RPG no Hospital Quds?”, escreveram no post.

De acordo com a FDI, disparos de RPG e armas leves foram dirigidos às tropas a partir do Hospital Al Quds, na cidade de Gaza. O tiroteio foi iniciado por um esquadrão terrorista que se camuflou entre civis na entrada do hospital.

Israel afirma que, após o tiroteio, alguns membros do Hamas conseguiram retornar ao hospital. No total, cerca de 21 terroristas foram mortos, e não houve vítimas entre as forças israelenses, conforme declarado pela FDI. Não foram fornecidas informações sobre possíveis civis feridos.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino relatou que uma tentativa de evacuação no hospital Al-Quds foi frustrada devido a “bombardeios e tiroteios contínuos” na região. O comboio de evacuação, acompanhado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, retornou devido às condições perigosas na área de Tal al-Hawa, onde está situado o hospital.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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