Jair Renan tatua rosto de Bolsonaro em Goiânia: “Grande Homem”

Jair Renan Bolsonaro, conhecido como filho “04” do presidente Jair Bolsonaro, tatuou o rosto do pai em seu braço em um estúdio de Goiânia. Ele publicou o resultado em seu perfil no Instagram fazendo uma homenagem ao pai.

Segundo informações do G1, a tatuagem começou a ser feita às 16h e concluída às 22h de domingo (29). Na imagem, Bolsonaro está de terno, gravata e com a expressão facial séria. A tatuagem foi feita na parte debaixo do braço. Na postagem, ele disse que homenageou um “grande homem” e escreveu o lema da campanha do presidente: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

O filho “04” também transcreveu em seu post parte da letra da música “Muito Orgulho, Meu Pai”, de Gabriel o Pensador. O trecho citado fala: “Quando eu crescesse eu queria ser que nem você. Agora eu já cresci e ainda quero ser. Eu tenho orgulho do pai e tenho cada vez mais”. O vereador Carlos Bolsonaro, filho ’02’ do presidente, também tem uma tatuagem do pai no braço.

Flagrado em festa clandestina 

No último sábado (28), a fiscalização da Prefeitura de Goiânia interditou uma festa de luxo clandestina com cerca de mil pessoas, entre elas o Renan Bolsonaro. Sem máscara, o filho do presidente aparece no evento em uma foto postada nas redes sociais ao lado de dois jovens, que também não utilizam o item de proteção.

A festa foi interditada por volta das 23h30. De acordo com o município, o local não possuía autorização para realizar o evento e estava desrespeitando as medidas sanitárias estabelecidas pela prefeitura, que permite a realização apenas de eventos corporativos com até 250 pessoas durante a pandemia.

De acordo com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), a festa começou às 16h e estava prevista para terminar às 8h de domingo (29). Conforme o órgão, o dono do local onde acontecia a festa foi multado pelo descumprimento da medida. O valor da autuação não foi divulgado.

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Câmara dos Deputados aprova castração química para pedófilos

A Câmara dos Deputados aprovou hoje, 12, a castração química de pedófilos. Foram 367 votos favoráveis, 85 contrários e 14 abstenções. A proposta foi inserida durante a votação de um que projeto que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer o cadastro nacional de pedófilos. O texto segue agora para o Senado.

Pelo projeto, o cadastro permitirá a disponibilização de dados dos condenados com trânsito em julgado por crimes relacionados a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Caberá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a centralização das informações em uma plataforma com os dados de qualificação do condenado, inclusive fotografia.

Em novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sancionado uma lei com o mesmo teor. A Lei 15.035/2024 inclui no Código Penal autorização para a realização de busca pública pelo nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de condenados pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável, exploração sexual de crianças e adolescentes e exploração da prostituição, além da conduta de filmar e divulgar vídeos íntimos de terceiros sem autorização.

Jabuti

Inicialmente, a proposta de castração química foi apresentada como uma emenda de plenário. A relatora do projeto, Delegada Katarina (PSD-SE), rejeitou a proposição por ferir o acordo de líderes para a votação do texto principal.

“Em virtude do acordo político construído em Plenário, para que o texto principal seja aprovado, rejeitamos a emenda”, justificou.

Com a rejeição, foi apresentado um destaque pelo PL, para votar a castração química. A inclusão foi criticada em plenário. A deputada delegada Adriana Accorsi (PT-GO) reiterou que o destaque não fazia parte do acordado pelos líderes partidários. “Essa votação está desrespeitando a minha colega, Delegada Katarina, que colocou aqui que essa emenda não fazia parte dos projetos de lei acordados pelos líderes”, apontou.

Debate

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) disse que a castração química não vai contribuir para a proteção de crianças e adolescentes, uma vez que os pedófilos podem utilizar de outros meios, inclusive virtuais para praticar violência sexual, contra crianças e adolescentes.

“O estupro hoje se dá de diversas maneiras. Há estupro até virtual. Portanto, resolver a questão peniana, como alguns dizem aqui, não resolve a cabeça do estuprador ou a sua capacidade de ferir uma criança. Quando, no entanto, uma criança é estuprada e fica grávida do estuprador, a maioria deles defende que a criança seja obrigada a ser mãe”, disse a deputada se referindo à tentativa de parlamentares de votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, que proíbe o aborto legal no Brasil.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) também ocupou a tribuna para criticar a medida, classificando como farsa. Talíria, que é mãe de uma menina de quatro anos, disse que a iniciativa é hipócrita e visa promover populismo penal.

“Essa matéria é uma farsa”, disse. “A política pública precisa resolver concretamente o problema da violência sexual contra crianças que é uma epidemia, um drama no Brasil. Isso passa primeiro por prevenção. Primeiro eu tenho que impedir que as meninas e crianças sejam estupradas, com educação sexual nas escolas, prevenção, campanhas e, depois, a responsabilização do agressor. O estupro, a violência sexual tem relação com o poder e não adianta castrar um homem porque ele vai seguir sendo um agressor, violentando essas crianças de outra forma. O que está acontecendo aqui é uma farsa”, criticou a deputada.

O deputado Sanderson (PL-RS) defendeu a iniciativa, com o argumento de que a castração é adotada em outros países, como os Estados Unidos, Rússia, Polônia, Israel, Indonésia, entre outros.

“Esse é um projeto importante. É uma medida menos gravosa, porque o ideal era a pena de morte para pedófilo. O código penal, inclusive, não traz ainda o tipo penal de pedofilia. Usamos o estupro de vulnerável, que a pena é de oito anos”, disse. “A castração química dará o resultado positivo, acabando com essa febre de pedofilia”, discursou.

Atualmente, não há um dispositivo específico para pedofilia no Código Penal. Pelo texto aprovado, a castração química será aplicada cumulativamente às penas já previstas para os crimes de violência e exploração sexual previstas tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) quanto no Código Penal.

Segundo o destaque aprovado, a medida será realizada mediante o uso de medicamentos inibidores da libido, nos termos regulamentados pelo Ministério da Saúde, observando-se as contraindicações médicas.

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