A denúncia acusou Dirceu de receber parte das propinas da empreiteira Engevix à Diretoria de Serviços da Petrobras entre 2005 e 2014
O ex-ministro José Dirceu se entregou à Justiça, na tarde desta sexta-feira (18) por volta das 14 horas. O petista estava no Instituto Médico-Legal (IML), em Brasília, para exames de praxe. De lá, Dirceu deverá ser levado para o penitenciária da Papuda e começará a cumprir a pena de 30 anos, nove meses e dez dias de prisão. O ex-ministro foi julgado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.
A denúncia acusou Dirceu de receber parte das propinas da empreiteira Engevix à Diretoria de Serviços da Petrobras entre 2005 e 2014. O ex-ministro teria levado R$ 10,2 milhões. Dirceu tinha até as 17 horas para se apresentar à Polícia Federal. A ordem foi dada pela juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal, em Curitiba. No início da tarde de ontem (17) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou um recurso decisivo do petista e abriu caminho para Dirceu ser preso.
Após a decisão da Corte de apelação da Lava Jato, a juíza mandou prender o ex-ministro. Gabriela Hardt ordenou também a transferência do mesmo para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde estão outros presos da Lava Jato, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. José Dirceu é fundador do PT e foi o ministro do primeiro governo Lula, mas acabou condenado no processo do mensalão, por sete anos e 11 meses de reclusão por lavagem de dinheiro.
(informações Agência Estado)