Jovem finge ter leucemia para aplicar golpes em Pirenópolis

Jovem é suspeita de mentir que tem leucemia para aplicar golpes

Uma jovem de 26 anos está sendo acusada de aplicar golpes em colegas de trabalho dizendo que precisava de dinheiro para custear o tratamento de uma leucemia. O caso aconteceu em Pirenópolis, no leste de Goiás, e é investigado pela Polícia Civil

A CNN, um amigo de Débora Barros dos Santos contou que a camareira alegou aos colegas de trabalho que estava com uma doença grave e, posteriormente, se tratava de uma leucemia, e que o tratamento era muito caro. Sensibilizados, os amigos decidiram se reunir e ajudar a suspeita com os custos para o tratamento da doença.

“Nós ficamos muito sensibilizados e com muito medo de perder nossa colega, então fizemos vaquinhas, rifas e doações pra ela. Juntamos bastante dinheiro. Ela sempre mandava mensagem pra alguém falando que tinha que fazer um exame no dia seguinte e a gente ‘se virava’ para juntar dinheiro para ela”, conta o colega. 

Ele relata ainda que Débora ia ao banheiro durante o horário de almoço do trabalho e ”sangrava pelo ouvido, pelo nariz e abria a porta pedindo ajuda”. Além disso, ela não permitia que ninguém a acompanhasse ao hospital ou às consultas médicas.

“Ela não deixava ninguém levá-la ao hospital, nem mesmo o namorado. Ela sempre queria ir sozinha, tanto nas consultas como nos laboratórios. Nós fizemos uma confraternização de fim de ano, fizemos camisetas e colocamos em especial uma frase e o nome dela. Algumas amigas próximas fizeram até tatuagens com o nome dela”, afirma.

Devido a estranha situação, o colega conta que amigas da camareira começaram a desconfiar e pediram exames que comprovem a doença, mas nenhum laudo foi apresentado. “O namorado dela a levou ao hospital que ela dizia fazer o tratamento, que fica em outra cidade. Ele foi em busca de provas de que ela fazia tratamento lá. Pois ele não encontrou registro de nada. Não tem doença, ela nos enganou. Fizemos de tudo pra ajudar”, disse.

De acordo com o delegado Tibério Cardoso, responsável pelo caso, a camareira afirmava que realizava o tratamento no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia. No entanto, ao questionarem autoridades do hospital, eles negaram que a mulher fosse paciente na unidade. 

“Ela costumava retornar desses ‘tratamentos’ com esparadrapos pelo corpo, curativos em locais que aparentemente ela havia recebido medicação intravenosa e, com isso, ela foi conquistando alguns privilégios, como faltar [ao trabalho]. O pessoal não exigia de imediato o atestado médico dela”, explica.

Débora, então, foi questionada pelos colegas sobre o posicionamento do hospital e, após esse dia, nunca mais apareceu no local de trabalho. 

A polícia apura o valor aproximado que cada colega colaborou para o suposto tratamento de leucemia. Além deles, há pessoas do convívio familiar e de fora do local de trabalho que ajudaram nos supostos tratamentos que chegavam a custar até R$ 4.500.

“São mais de 100 vítimas. É muita gente para ser ouvida e o inquérito vai se estender um pouco por causa disso. Inicialmente, instauramos inquérito policial para apurar o crime de estelionato. Vamos apurar esse fato da maneira mais detalhada possível para que o inquérito seja concluído e seja remetido ao Judiciário”, diz o delegado.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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