Jovem grávida é morta a tiros por ex um dia antes do aniversário em Santa Catarina

Uma jovem grávida foi morta a tiros pelo ex-namorado nesta segunda-feira, 24, em Turvo, no Sul de Santa Catarina. O suspeito foi preso em flagrante e, de acordo com a polícia, outras duas pessoas estão sendo investigadas por suposto envolvimento.

Karla Sonego da Rosa, de 22 anos, tinha um sonho de ser cantora e compartilhava diversos vídeos nas redes sociais cantando ao lado de amigos e até mesmo compartilhando momentos com o filho de três anos.

De acordo com o delegado Jair Duarte, a jovem estava grávida do suspeito e completaria mais um ano de vida nesta terça-feira, 25. O período da gestação, no entanto, não foi divulgado. 

Ainda de acordo com Jair, a jovem já havia sido vítima de violência doméstica em outro relacionamento. O homem, inclusive, teria sido assassinado após tentar matar Karla.

Em relação ao crime, o delegado explicou que o jovem foi até a casa dela, trancou o filho da vítima em um quarto, e atirou em Karla, que não resistiu aos ferimentos. De acordo com as informações apuradas pela polícia, eles estavam separados há cerca de duas semanas. 

Testemunhas teriam relatado, ainda, que o homem mandou mensagens para conhecidos confessando o crime e foi preso em flagrante com a arma utilizada no crime. 

“Foi conduzido mais um casal [à delegacia], mas eles não foram presos. Já foi comprovado que eles auxiliaram na fuga, mas será investigada uma possível participação deles no feminicídio”, pontua o delegado.

O corpo da jovem será sepultado nesta terça-feira, 25, no Cemitério Municipal de Turvo.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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