Justiça arquiva inquérito de mulher que matou ex-companheiro por não aguentar mais ser agredida

Justiça arquiva inquérito de mulher que matou ex-companheiro por não aguentar mais ser agredida

A Justiça decidiu arquivar o inquérito policial movido contra Larissa Darck Cavalcante, de 29 anos, após o Ministério Público de Goiás (MP) se manifestar contra a prisão da mulher que matou o companheiro a facadas, em Aparecida de Goiânia. O crime aconteceu no dia 10 de abril após Elias de Andrade Silva, de 35 anos, ser convidado pela mulher para participar de uma confraternização em sua casa. Elias foi morto depois de ingerir bebidas alcoólicas e começar a ameaçar a mulher e a sua filha.

Para o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, a mulher agiu em legítima defesa, visto que ela era vítima de agressão doméstica. Larissa, inclusive, tinha medida protetiva contra o homem e ainda contava com o botão do pânico. O promotor de Justiça relata que a denunciada e Elias tiveram um relacionamento amoroso conturbado, marcado por agressões. Foi apurado ainda que, sempre que saía da prisão, Elias procurava Larissa, descumprindo as medidas, e recusando terminar a relação.

Conforme o relato, quando o ex-companheiro foi agredi-la, uma das filhas da mulher interferiu, dando tempo de Larissa acionar o equipamento e pegar uma faca. Neste momento, ela desferiu vários golpes de faca contra Elias, que chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia (Heapa). Uma das filhas de Larissa foi buscar ajuda, tendo a Polícia Militar (PM) comparecido ao local, bem como servidores da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), devido ao acionamento do botão do pânico. A investigada, então, foi presa em flagrante.

O promotor de Justiça explica que, para a caracterização da legítima defesa, é necessária a presença de determinados requisitos, o que foi constatado pelo MP, após análise do caso. Ele considerou ainda o histórico de agressões de Elias contra Larissa, bem como o fato de que ela tentou acionar o botão do pânico a tempo de impedir que o homem a agredisse e, ainda, a existência de lesões no corpo da mulher.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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