Justiça Eleitoral começa a convocar mesários nesta quinta-feira, 7

A Justiça Eleitoral iniciou, nesta terça-feira, 7, a convocação dos mesários que vão trabalhar nas eleições em outubro. No total, cerca de 2 milhões de pessoas vão atuar no pleito de atendimento deste ano, sendo: sessões eleitorais, postos de justificativa e no apoio logístico.

Estão sendo chamados aqueles que se inscreveram para trabalhar como mesários ou que foram convocados para prestar o serviço no dia da eleição. Todos vão receber um documento oficial da Justiça Eleitoral de forma física, por aplicativo de mensagem ou e-mail. A forma de comunicação é estabelecida por cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Os mesários convocados devem passar por um treinamento virtual, no qual, terão que receber informações sobre os procedimentos que devem ser adotados durante a votação, bem como soluções para eventuais problemas que possam surgir. Também receberão um checklist de início do trabalho e do encerramento do dia de votação.

Quem pode ser mesário?

Para ser mesário é preciso ter mais de 18 anos, não ser parente de candidatos, integrantes de partidos políticos, ocupantes de cargos de confiança no Poder Executivo e servidores da Justiça Eleitoral.

De acordo com o TRE, além de prestar serviço à democracia e ao país, os mesários podem contar com horas complementares em cursos universitários, além de ter direito a dois dias de folga por cada dia trabalhado e ao concluir o treinamento, sem perder o salário. Ser mesário ainda conta como vantagem para desempate em concurso público, se estiver previsto em edital. No dia da eleição, o mesário ainda recebe auxílio-alimentação no valor máximo de R$ 45.

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da república, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno  para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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