Kim Jong-Un pede a norte-coreanas que tenham mais filhos

O líder norte-coreano Kim Jong-Un pediu para as mulheres do seu país que tenham mais filhos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 4, pela agência de notícias estatal KCNA, após um discurso do líder no Encontro Nacional de Mães.

“Parar o declínio nas taxas de natalidade e proporcionar bons cuidados e educação às crianças são todos assuntos de família que devemos resolver juntamente com as nossas mães”, disse Kim.

A preocupação sobre novos nascimentos no país norte-coreano surgiu após pesquisas do Fundo de População das Nações Unidas revelarem que as taxas de natalidade na Coreia do Norte têm diminuído na última década, chegando ao número de 1,8 nascimentos por mulher em 2023. O número está abaixo da taxa de referência de reposição populacional de 2,1 dos países desenvolvidos.

Estudiosos acreditam que um dos motivos para a infertilidade da população está altamente ligada a crises alimentares sofridas nas últimas décadas devido a catástrofes naturais, como inundações que danificaram colheitas. O líder norte-coreano agradeceu às mães por fortalecer o poder nacional através do trabalho. “Eu também sempre penso nas mães quando tenho dificuldade em lidar com o partido e com o trabalho do Estado” disse Kim, segundo a NBC News.

Coréia do Sul também enfrenta crise

Assim como o país ao norte, a Coreia do Sul também tem enfrentado uma crise de natalidade nos últimos anos. O país registrou 0,78 nascimentos por mulher em 2022 e foi considerado um dos índices mais baixos do mundo.

Uma das justificativas para isso é as más condições de trabalho para jovens, além da falta de habitação acessível em grandes cidades e a longa jornada de trabalho que os sul-coreanos enfrentam. As mulheres também sofrem com grandes estigmas em ambientes de trabalho para conseguir criar os filhos.

No início deste ano, o presidente Yoon Suk Yeol classificou o problema de baixa natalidade como uma “agenda nacional crucial”.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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