Lagolândia pode receber verba federal para reparar danos da inundação de novembro

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) reconheceu a situação de emergência de Lagolândia, distrito de Pirenópolis, por conta das fortes chuvas que causaram inundações no dia 28 de novembro do ano passado. O alagamento deixou 21 famílias desalojadas. O reconhecimento da SEDEC é o primeiro passo que abre possibilidade para recebimento recursos federais na recuperação da região.

De acordo com a prefeitura, o reconhecimento da situação de emergência veio a partir de um processo elaborado pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. Na prática, se o dinheiro do governo federal chegar, deverá servir, principalmente, para suprir equipamentos públicos destruídos pela água, mas também para ajuda direta aos municípios que sofreram prejuízos, segundo o secretário de Meio Ambiente, César Augusto Triers.

“Temos agora que realizar o plano de trabalho, cronograma de obras, etc. Depois de aprovado, pelo Governo Federal, se inicia a fase de execução. Não há um prazo certo, definido, mas, a nossa parte estamos realizando da forma mais rápida possível”, afirmou o secretário.

Estragos em Lagolândia

Além das 21 casas destruídas, a força da água danificou outras 52, conforme levantamento da Secretaria de Meio de Ambiente de Pirenópolis. Além disso, a inundação prejudicou uma série de equipamentos públicos, como estradas, pontes e quadras.

A chuva atingiu o distrito de Lagolândia e também o povoado de Capela. Algumas residências ficaram submersas no dia da inundação. Não houve registros de mortes ou de pessoas desaparecidas. A causa foi uma cabeça d’água que se formou, com aumento expressivo das águas no Rio do Peixe e de córregos como Mata Mata e Confisco.

A inundação trouxe também alerta ambiental. Mananciais da região podem secar, já que grande parte das matas ciliares foi devastada. Conforme o secretário de Meio Ambiente afirmou na época, o Rio do Peixe e os córregos Confisco e Mata Mata são os três principais veio d’água da região. Normalmente, na época da seca, o leito dos dois córregos diminui significativamente. Agora, com a vegetação que cerca as águas comprometida, há risco maior de os mananciais secarem neste período do ano.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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