Um laudo da Polícia Técnico Científica apontou que a empresária Murielly Alves da Costa, de 27 anos, acusada de matar uma mulher e atropelar a esposa dela, no Jardim Pompeia, em Goiânia, tinha visão clara das vítimas. O casal e a motorista discutiram em uma distribuidora de bebidas e as duas mulheres foram atingidas com o carro em um açougue, a poucos metros de distância. Murielly responde presa pelo crime de homicídio qualificado.
De acordo com o processo, no dia 21 de abril, a acusada teria chegado de carro a uma distribuidora de bebidas, e, alcoolizada, começou a discutir com pessoas que estavam no local. Kamyla Lima e a esposa, Bárbara Angélica Barbosa Silva, pediram para que Murielly deixasse a distribuidora, dando início a uma discussão entre elas.
De acordo com a simulação feita pela polícia, após a discussão Kamyla e Bárbara atravessaram a rua e andaram por 25 metros até a calçada de um açougue, onde o carro delas estava estacionado. Em seguida Murielly foi até o carro dela, que estava estacionado um pouco à frente, do mesmo lado da distribuidora.
Pela câmera de segurança, depoimentos de testemunhas e elementos que foram levantados durante a perícia no dia do crime, a polícia concluiu que Murielly teria dado ré no carro, que estava sobre a calçada, e direcionado o veículo para a esquerda, ficando de frente para as vítimas.
A empresária, então, foi com o carro em direção às vítimas. Ela atingiu kamyla e parou apenas quando invadiu o açougue. Bárbara correu até o carro da acusada e colocou metade do corpo para dentro do veículo, na intenção de parar Murielly.
A mulher engatou a ré e acabou pressionando Bárbara contra a parede do açougue, e depois contra a uma pilastra na calçada. A vítima não resistiu e morreu no local. Já Kamyla teve apenas ferimentos.