Transtorno do Espectro Autista (TEA), que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da pessoas
Foi sancionado a Lei 20.116 de autoria do deputado estadual Virmondes Cruvinel, que determina aos estabelecimentos públicos e privados a inserção nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo. A lei está prevista para entrar em vigor daqui há 60 dias.
Em entrevista no estúdio do DE, a advogada Celeste Cordeiro, que é membro da comissão de direitos da pessoa com deficiência e da subcomissão do direito e defesa da pessoa autista da OAB/GO, explicou melhor como essa lei irá funcionar e quais estabelecimentos estão previstos a inserção da placa. Celeste também esclareceu que o local que desrespeitar a lei será multado com um valor fixo de acordo com a gravidade da infração.
Além de falar sobre sua experiência pessoal como mãe de um filho autista. Elucidando que a sociedade ainda está mal preparada para atender as pessoas com deficiência. “Nós sentimos na pele o preconceito, nós sentimos na pele a falta de humanização em questão de filas prioritárias para os autistas”, afirma.
O Autismo é conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da pessoas. Geralmente é diagnosticado na infância, entre um ano e meio e três anos. Esse transtorno não tem cura, mas pode ser reabilitado e tratado para que o paciente possa se adequar ao convívio social.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo de autismo. Em relação ao Brasil, esse número passa para 2 milhões, porém no sexo masculino o autismo tem maior ocorrência, cerca de 4,5 vezes.
Quanto antes o Autismo for diagnosticado melhor, porque o transtorno não atinge apenas a saúde do indivíduo, mas também a de seus cuidadores.
“Esse aqui é um laço, um laço que une família e sociedade. O quebra-cabeça mostra que a complexidade porque nós temos variedades, tanto homens como mulheres. Tem a predominância da cor azul porque é a maior incidência em meninos”, explica a advogada Celeste sobre o símbolo acima.