Press "Enter" to skip to content

Lei orçamentária é aprovada com “orçamento secreto” e fundo recorde para campanha política

Última atualização 22/12/2021 | 18:02

A Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (21), por 358 votos favoráveis, 97 contrários e duas abstenções, o relatório final da lei orçamentária de 2022. O Senado também confirmou a aprovação, por 51 a 20. O texto agora vai para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A votação do orçamento é a última atividade parlamentar do Congresso Nacional antes do recesso de fim de ano. No texto aprovado, está previsto R$ 147,7 bi para a saúde, R$ 113,4 para a educação, R$ 89,06 para o Auxílio Brasil, R$ 3,9 para a aquisição de vacinas, R$ 2,29 para o Censo de 2022, R$ 1,9 para o vale-gás, R$ 1,7 para reajuste de carreiras policiais, R$ 800 milhões para reajuste do piso salarial para agentes comunitários de saúde e de combate às endemias e R$ 16,5 bilhões para as emendas de relator, conhecida como “orçamento secreto”.

O salário mínimo de 2022 também é apontado no orçamento e aumentará para R$ 1.212 no próximo ano.

Orçamento Secreto

Dentre os deputados federais e senadores goianos, apenas Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (Podemos) votaram contra a matéria. Ao Diário do Estado, Vaz justifica o seu voto “Votei contra a peça orçamentária de 2022 basicamente por entender que é um absurdo nós termos a consolidação do chamando ‘orçamento secreto’. São quase 17 bilhões que estarão a serviço da política do toma-lá-dá-cá”, diz.

Kajuru também justificou o voto contrário pelo mesmo motivo “Esse orçamento priorizou o criminoso fundão eleitoral de 4,9 bilhões e um orçamento secreto escandaloso superior a 16,5 bilhões. Separem o joio do trigo”.

A crítica se sustenta pela falta de transparência na destinação das verbas pois não há proporcionalidade na distribuição do recursos entre os políticos.