Lewandowski reforça que o uso da força pela polícia deve ser regulamentado

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reiterou sua posição de que o governo Lula não pretende voltar atrás no decreto que regulamenta a lei 13.060 de 2014, que estabelece regras para o uso da força pelos agentes de segurança pública. O decreto foi oficializado nesta semana, gerando polêmica. “É a luta d… É uma luta quotidiana pela promoção da vida em sociedade e, formalmente, não recuaremos”, frisou Lewandowski.

Os pronunciamentos do ministro foram alvo de críticas por parte de três governadores, que questionaram a medida e os possíveis impactos para a atuação policial. Contudo, entidades ligadas à advocacia e à segurança manifestaram apoio à decisão de regulamentar o uso da força. Lewandowski enfatizou que a intenção do governo é garantir a segurança dos cidadãos sem abrir margem para abusos. “A polícia não pode sair atirando, é preciso haver protocolos e limites claros para as ações policiais”, ressaltou o ministro.

A discussão sobre o uso da força pela polícia tem sido recorrente no Brasil, especialmente diante de casos de violência excessiva envolvendo agentes de segurança. Lewandowski destacou a importância de estabelecer regras que balizem as ações policiais, visando a proteção tanto dos policiais quanto da população. “Não se trata de impedir o trabalho da polícia, mas sim de regulamentar para garantir que a atuação seja pautada pela legalidade e respeito aos direitos humanos”, pontuou o ministro.

A implementação do decreto tem gerado debates acalorados entre autoridades e especialistas em segurança pública. Para Lewandowski, é fundamental que haja um amplo diálogo para aprimorar as normas e assegurar que as mudanças contribuam efetivamente para a promoção da segurança. “Estamos abertos ao debate construtivo e à colaboração de todos os setores envolvidos, buscando sempre o aperfeiçoamento das diretrizes que regem a atuação policial”, afirmou o ministro.

Diante das divergências de opinião, Lewandowski reafirmou a posição do governo em relação à regulamentação do uso da força, destacando a necessidade de conciliar a eficiência das ações policiais com o respeito às garantias individuais dos cidadãos. “O Estado tem o dever de proteger a sociedade, mas essa proteção deve se pautar por princípios éticos e legais, preservando a integridade e dignidade de todos os envolvidos”, concluiu o ministro da Justiça.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Calor Extremo em Goiás: 47ºC, Termômetro nas Ruas e Ovo Frito no Asfalto em 2024

Cidade com maior temperatura do país, termômetro de rua marcando 47ºC e ovo frito no asfalto: Calor castigou goianos em 2024

DE passou por ondas de calor e altas temperaturas. Umidade do ar caiu a 7% em setembro.

Calor castigou os goianos em 2024: imagem mostra ciclista se hidratando, termômetro de rua que marcou 47ºC e ovo frito em asfalto — Foto: Fábio Lima/O Popular, Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera

Em 2024, o calor não deu trégua, e os goianos precisaram tomar muito cuidado com a saúde devido às altas temperaturas. Em uma cidade, um termômetro de rua chegou a marcar 47 °C de temperatura, enquanto, em outra, houve até uma moradora que conseguiu fritar um ovo no asfalto usando o calor natural do sol.

Este ano, DE passou por três períodos de ondas de calor: duas em setembro e outra na transição para outubro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em mais de uma data, cidades do estado apresentaram a maior temperatura do país no dia:

– Goiânia registrou 40,3 °C e 40,5 °C nos dias 23 e 24 de setembro;
– São Miguel do Araguaia fez 41,2 °C no dia 17 de setembro;
– Aragarças marcou 42,8 °C no dia 6 de outubro e 43,3 °C no dia 3;
– Cidade DE registrou 44,5 °C no dia 6 de outubro, dia do primeiro turno das eleições municipais de 2024.

SETEMBRO: O MÊS MAIS QUENTE E SECO DO ANO

Em 2024, o mês de setembro foi o mais quente e seco do ano. Foi quando as ondas de calor ocorreram e o período com a menor umidade do ano: a de 7%. Ao DE, a meteorologista Elisabeth Alves, do Inmet, explicou que esse baixo percentual de umidade ocorreu por três dias seguidos no início do mês (2, 3 e 4), mas também no dia 21.

“Muito seco e quente no mês de setembro. O máximo de umidade nas tardes de setembro foi 20% em Goiânia”, contou Elisabeth.

Ainda segundo dados do instituto, as cidades que mais se destacaram pelas altas temperaturas durante esse mês foram Goiânia, Catalão, Jataí e Pirenópolis.

TERMÔMETRO MARCOU 47 °C

O calor foi tão grande em DE este ano que um termômetro de rua em Minaçu, município localizado na região norte de DE, registrou a temperatura de 47 °C no dia 6 de setembro. Ao DE, a meteorologista Elisabeth Alves, do Inmet, explicou que as temperaturas registradas por sensores de rua podem ser alteradas por diversos fatores do local.

Isso acontece porque a temperatura do asfalto e a radiação de outros elementos podem variar a temperatura mostrada nos termômetros de rua. A temperatura máxima registrada pelo instituto nesse dia, na região de Minaçu, ficou em torno de 39 °C.

OVO FRITO NO ASFALTO

Em 17 de setembro deste ano, a moradora Cleide Aparecida Souza Pereira conseguiu fritar um ovo no asfalto, em São Miguel do Araguaia. Nesse dia, a cidade localizada no centro goiano registrou uma das maiores temperaturas do país. Ao DE, a mulher contou que ficou surpresa com a cena.

“Foi uma experiência inesquecível para mim. Nunca imaginei que isso seria tão real, ver um ovo sendo fritado pelo sol”, contou Cleide.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp