Mais de R$ 1 milhão em multas são aplicadas por desmatamento na Chapada dos Veadeiros

Mais de R$ 1 milhão em multas já foram aplicadas aos responsáveis por desmatar, de forma ilegal, vegetação nativa na Chapada dos Veadeiros, em Cavalcante. As punições foram determinadas em uma operação da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nos dias 27 e 28 de fevereiro. Segundo a pasta, cerca de 200 hectares foram desmatados, o que gerou multa no valor de R$ 1,2 milhão.

Segundo a Semad, os responsáveis não foram localizados e ninguém foi preso durante a operação. De toda forma, eles devem responder pelas infrações de obra sem licença, alteamento de barramento sem licença, supressão vegetal sem licença e maus-tratos a animais.

Os agentes apreenderam quatro tratores, uma retroescavadeira, uma pá carregadeira, um trator agrícola, um caminhão, um jipe e duas motocicletas. Segundo a Semad, o grupo usava uma técnica que permite o desmatamento rápido e de grande área. Os técnicos acreditam que, caso o equipamento não fosse recolhido, seriam destruídos 1 mil hectares de Cerrado. Durante a operação, a equipe também encontrou três cadelas em situação de maus-tratos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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