‘Maníaco sexual’ obrigou mulheres a se prostituírem e abusou sexualmente

Plínio Veloso Naves de Barros, um homem de 37 anos, foi classificado pela Polícia Civil de Goiás como “maníaco sexual” devido a uma série de crimes graves. De acordo com as investigações, Barros atraía mulheres com a promessa de uma vida de luxo, apenas para posteriormente forçá-las à prostituição.

A Polícia Civil revelou que Barros abusou sexualmente de uma das vítimas nada menos que 30 vezes. Esses abusos foram parte de um esquema mais amplo, no qual ele explorava as mulheres, tirando proveito de sua vulnerabilidade e manipulando-as para fins sexuais e financeiros.

A prisão aconteceu na última quarta-feira, 6, quando o suspeito estava em um restaurante japonês da capital. Segundo o delegado Humberto Teófilo, o suspeito aliciava as vítimas por meio de um esquema conhecido como sugar daddy e as ameaçava informando que divulgaria o esquema caso elas não cumprissem o que ele dizia.

“Ela nos narrou que ele falava assim: ‘Se você não tiver relação comigo, eu vou publicar isso, vou mostrar pra sua família, vou mostrar pras pessoas onde o seu filho estuda, onde você trabalha’”, detalhou o delegado.

O esquema chegou a conhecimento da polícia após uma das vítimas procurar a delegacia e denunciar que era forçada por Plínio a praticar sexo oral nele. Os crimes teriam se repetido cerca de 30 vezes, entre julho e novembro deste ano. Além dos estupros, a mulher também denunciou que o maníaco gravava os momentos íntimos para ameaça dizendo que divulgaria para a família.

‘Sugar daddy’

Segundo a polícia, Plínio captava as vítimas por meio de contas falsas em redes sociais, onde ele aliciava as mulheres e oferecia presentes, dinheiro e até emprego. Aceita a oferta, as mulheres eram conduzidas para um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, onde Plínio morava, e era forçadas a manter relações sexuais devido aos benefícios ganhados.

No apartamento dele foram apreendidos documentos, celular e computadores, onde foram encontrados diversos vídeos íntimos. Plínio está sendo investigado pelos crimes de estupro, favorecimento a prostituição, falsa identidade e divulgação de cena de sexo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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