Manifestações anti-Israel deixam 20 pessoas feridas em aeroporto na Rússia

Manifestações anti-Israel deixa 20 pessoas feridas em aeroporto na Rússia

Neste domingo, 28, uma manifestação no aeroporto do Daguestão contra a chegada um de avião de Israel resultou na prisão de 60 pessoas na Rússia. De acordo com a Reuters, a região é predominantemente muçulmana e havia cerca de 100 manifestantes no aeroporto de Makhachkala, capital regional.

A Reuters divulgou ainda vídeos que mostram os manifestantes majoritariamente jovens, portando bandeiras da Palestina, quebrando portas de vidro e correndo pelo aeroporto aos gritos de “Allahu Akbar”, que significa “Deus é Maior”.

Outro grupo foi visto também tentando derrubar um caminhão de patrulha. Antes das forças policiais conterem os manifestantes, 20 pessoas ficaram feridas no aeroporto. Entretanto, os passageiros que estavam no avião de origem israelense ficaram em segurança dentro da aeronave.

Em decorrência da manifestação da Autoridade de Avião Russa, o país chegou a fechar o aeroporto para novos voos para concluir as verificações de segurança. O Ministério do Interior informou, em comunicado, que os mais de 100 manifestantes mais ativos já foram identificados e que estão tentando rastreá-los.

Outras manifestações na Rússia

Segundo informou a Reuters, outras manifestações anti-Israel aconteceram na região russa do Norte do Cáucaso, em resposta à guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Nos últimos dias, um centro judaico que estava em construção foi incendiado em Nalchik, capital da república russa vizinha de Kabardino-Balkaria.

A Rússia posiciona-se pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza e pretende manter uma estabilidade interna, visto que o país já trava uma guerra contra a Ucrânia desde fevereiro de 2022.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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