Maquiadora e influencer goiana que zombou de vagas para autistas é indiciada

Indiciada

Maquiadora e influencer goiana que zombou de vagas para autistas é indiciada

A influencer e maquiadora Larissa Heringe Rocha foi indiciada pela Polícia Civil (PC) pelo crime de incitação à discriminação. A jovem gravou um vídeo zombando de vagas de estacionamento exclusivas para autistas em um shopping de Goiânia. A mãe dela não foi indiciada por não ter ficado comprovado que ela também participou dos comentários.

Na gravação, Larissa filma uma vaga para autistas e diz que parecia para “viado”. Ela ri e diz que vaga para “gorda estressada” não tem, se referindo a ela. Reveja ao final da matéria.

Os comentários foram postados no dia 14, em um grupo de amigos próximos, que teria apenas 18 pessoas, mas acabou vazando e ganhou força na internet, segundo a maquiadora. A mãe da maquiadora estava ao lado dela durante a gravação. No início, ela repreende os comentários da filha, que continua a zombar das vagos do estacionamento de um shopping, em Goiânia. O vídeo rapidamente ganhou uma repercussão negativa nas redes sociais. Diante disso, Larissa tentou se desculpar e chegou a postar vídeos e textos pedindo desculpas pelos comentários.

Em depoimento, a ela reforçou a tese de que não teve intenção de ofender ninguém com o comentário. Larissa foi indiciada por prática e incitação à discriminação de pessoas portadoras de deficiência e às pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+.

Vídeo:

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos