Massacre em Blumenau: professora que ajudou alunos sofre infarto

Massacre em Blumenau: professora que ajudou alunos sofre infarto

Uma das professoras que ajudaram os alunos no massacre em escola de Blumenau (SC), identificada como Alaide, sofreu um infarto na manhã deste sábado, 8, segundo O Globo. A servidora precisou ser internada às pressas e o seu estado de saúde é estável. Os médicos apontam que a causa foi “um estresse pós-traumático muito grande”, e a mulher de 60 anos precisou passar por uma cirurgia para introduzir cateter no coração.

O massacre em escola de Blumenau

O ataque à creche Cantinho Bom Pastor, localizada na rua dos Caçadores, no bairro Velha, ocorreu na manhã da última quarta-feira, 5, em Blumenau.

De acordo com a polícia, o assassino de 25 anos pulou o muro da creche e deu golpes de machadinha em crianças que estavam no pátio da instituição. Quatro crianças, com idades entre 4 e 7 anos, morreram na hora. Outras cinco crianças ficaram feridas e precisaram ser levadas até um hospital da região com ferimentos na região da cabeça.

Dos feridos, quatro estão internados no Hospital Santo Antônio. As crianças estão internadas em leitos de enfermaria pediátrica, no mesmo quarto. O suspeito foi preso.

De acordo com os investigadores, a apuração tenta identificar o envolvimento de outras pessoas. As aulas foram suspensas em Blumenau devido à comoção. O presidente Lula se manifestou lamentando a morte.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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