Maus-tratos a animais: Goiânia deve ter leis mais rígidas a partir de 2023

Câmara de Goiânia aprova projeto que endurece penas para maus-tratos a animais

O Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás aprovou em primeira votação o Projeto de Lei (PL) que discute penas para casos de maus-tratos contra animais em Goiás. A votação aconteceu na tarde da última quinta-feira, 15, e tem autoria do deputado Henrique Arantes (MBD). 

”Além de descrever taxativamente as ações que venham a caracterizar como maus-tratos, estabelecemos, também, além da sanção penal prevista na Lei de Crimes Ambientais, uma sanção pecuniária para aqueles que praticarem maus-tratos”, pontua o deputado. 

O objetivo do PL é criar mecanismos para impedir diversas crueldades contra animais, tendo como exemplo multas aos agressores. Para ser sancionado, o projeto precisa ser aprovado em mais uma fase de discussão e votação, indo em seguida para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB). 

A lei leva como base a definição de maus-tratos da Justiça brasileira, onde é dito que a crueldade se baseia em quaisquer ações ou omissões que atentem contra a saúde ou a integridade física ou mental do bicho, sendo: privar o animal das necessidades básicas; lesar ou agredir o animal, causando-lhe sofrimento, dano físico ou morte, salvo nas situações admitidas pela legislação vigente; abandonar o animal; obrigar o animal a realizar trabalhos excessivos ou superior às forças ou submetê-lo a condições ou tratamentos que resultem em sofrimento. 

Câmara aprova conscientização do abandono de animais 

Outro projeto de lei que transmite pela Câmara é sobre a campanha a ações de conscientização contra o abandono de animais, intitulada de ”Dezembro Verde”. O projeto é de autoria da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos) e foi aprovado em segunda votação. 

A lei propõe que o poder público deverá propor e promover eventos, palestras, entre outras atividades e ações educativas em escolas, na grande mídia e no próprio site da Prefeitura, com objetivo de reduzir o abandono de animais na capital.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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