Média de 30% dos imóveis abertos em Goiânia possui focos do mosquito Aedes aegypti

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reforçou, desde a última segunda-feira (13/5), o combate ao mosquito Aedes aegypti com a abertura de imóveis fechados e/ou abandonados com a ajuda de um chaveiro. A ação, iniciada pela região Leste da capital, constatou que 30% dos imóveis abertos e vistoriados pelos agentes Comunitários de Endemias (ACEs) continham focos do mosquito.

“Com a ajuda do chaveiro, as equipes adentraram e vistoriaram 46 imóveis e encontraram focos do mosquito em 14 deles. As larvas estavam presentes em lixo acumulado, vasos sanitários, ralo de banheiro, caixa d´água sem tampa, utensílios domésticos deixados para trás, pneus, ou seja, uma série de recipientes propícios para a fêmea botar seus ovos e assim proliferar o mosquito”, explica o coordenador de fiscalização do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ) da SMS, Jadson Moreira.

Com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e de auditores fiscais, a previsão é que até o mês de agosto 1,6 mil imóveis fechados e/ou abandonados sejam vistoriados pelos agentes. A intensificação das vistorias faz parte das ações da prefeitura para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. “Estamos atuando de forma proativa, com nossos agentes e com a Guarda Civil, realizando inspeções rigorosas”, destacou o coordenador.

Os imóveis são abertos com amparo judicial e após várias tentativas dos agentes de encontrarem o proprietário e também após denúncias de vizinhos. Onde há focos os proprietários são autuados e estão sujeitos a multas que vão de R$ 3.276,71 a R$ 32.767,12, conforme a infração. “Além de serem notificados sobre a autuação, os donos dos imóveis também são orientados sobre as medidas necessárias para a eliminação dos recipientes que podem se tornar criadouros do mosquito”, finaliza Jadson.

Visando proteger a saúde pública, a SMS segue empenhada na execução de ações de prevenção e controle da dengue, mas reforça a necessidade da colaboração por parte de todos na eliminação de focos em suas residências.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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