Médica que sequestrou bebê disse que estava grávida e teve bebê “antes da hora”

Médica que sequestrou bebê disse que estava grávida e teve bebê “antes da hora”

A empregada doméstica que trabalha na casa da médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, acusada de sequestrar um bebê em Uberlândia, relatou que a patroa havia anunciado uma gravidez há uns meses antes do crime e que, na última quarta-feira, 24, foi pega de surpresa depois que a patroa apresentou a recém-nascida sequestrada como sua filha.

Os fatos foram registrados em um depoimento da funcionária para a polícia, e obtido com exclusividade pela TV Anhaguera. Na declaração, a empregada doméstica contou que foi surpreendida ao chegar em casa e encontrar Cláudia com um bebê em um carrinho. “Sra Cláudia lhe chamou dizendo: ‘Vem cá, quero te mostrar uma coisa’. A depoente (empregada) pôde visualizar um carrinho com bebê, tendo sua empregadora explicado que: ‘Eu tive o neném antes da hora’”, afirma o trecho do depoimento.

No depoimento, a funcionária relatou que Cláudia mostrou para ela que estava grávida de dois meses e chegou a mostrar um exame que comprovava a gravidez, feito em maio deste ano. A empregada relatou não ter presenciado nenhum sinal de gestão na patroa, mas informou que achava ela “mais gordinha”.

A empregada ainda relatou que trabalha com Cláudia há cerca de 4 anos e não acreditou que a menina fosse filha da patroa ao vê-la. Apesar disso, ela não fez perguntas e continuou a trabalhar normalmente, enquanto a patroa saiu para comprar coisas para o bebê.

Responsável pelo caso, o delegado Anderson Pelágio não acredita que Cláudia possa estar grávida ou que tenha engravidado recentemente. “Tudo indica que (a notícia da gravidez e o exame, vieram) para preparar esse enredo, para poder tranquilizar as partes que seriam próximas dela (da médica), para que ela recebesse essa criança. É claro que como a criança apareceu na residência e o prazo de dois meses é muito curto, isso causou estranheza”, afirmou o delegado.

Defesa

De acordo com Vladimir Rezende, advogado responsável pela defesa da médica, Claúdia tem transtorno bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de saber o que estava fazendo. Além disso, o defensor diz que a suspeita havia mudado sua medicação recentemente por conta de uma suposta gravidez.

“Com a alteração dos medicamentos, ela teve um surto, um surto psicótico. Nossa defesa vai ser essa, porque realmente é o que aconteceu”, afirmou o advogado da médica.

Prisão

Cláudia Soares Alves foi presa na manhã da última quarta-feira, 24, em Itumbiara, suspeita de sequestrar uma recém-nascida na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

Relatos apontam que a mulher teria entrado no hospital usando roupas de médico e portando um crachá de funcionário. Ela se apresentou como enfermeira aos pais da recém-nascida e informou que levaria a criança para se alimentar, devolvendo-a posteriormente. No entanto, câmeras de segurança registraram Cláudia saindo do local minutos depois com uma mochila nas costas, onde a bebê estava.

A recém-nascida foi encontrada com Cláudia na manhã da última quarta-feira, enquanto chegavam em uma casa no Jardim Morumbi, em Itumbiara.

No momento da abordagem, os policiais encontraram um enorme enxoval para um bebê do sexo feminino. Aos policiais, a mulher contou que o enxoval era presente para sua empregada doméstica, que está grávida.

No entanto, os investigadores não acreditaram na justificativa, uma vez que a funcionária de Cláudia está grávida de um menino. Segundo o delegado, o enxoval e toda a dinâmica do crime comprovam que toda a ação foi premeditada.

Cláudia foi detida em flagrante por sequestro qualificado e se encontra presa na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, onde dividi cela com outras detentas. Já a criança foi resgatada e está com os pais.

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Jovens brasilienses retornam ao Brasil após seis dias de apreensão na imigração da Guatemala: história de superação e desafios.

Dois jovens brasilienses finalmente retornaram ao Brasil após seis dias de apreensão e angústia na imigração da Guatemala. Lucas Alves e João Vitor de Sousa, ambos com 25 anos, embarcaram para o Panamá nas primeiras horas desta quinta-feira (21/11). Os dois amigos haviam sido barrados na Guatemala no dia 15 de novembro, devido a supostas inconsistências nas informações prestadas durante o processo de imigração.

Inicialmente, a viagem para a Guatemala era para ser desfrutada por quatro amigos, sendo três de Brasília e um de João Pessoa. No entanto, somente Lucas e João Vitor foram impedidos de entrar no país, enquanto os outros dois amigos conseguiram ingressar sem problemas. Os dois jovens permaneceram na área de imigração do aeroporto por quase uma semana, sem perspectiva do que aconteceria, questionando as razões de sua retenção.

A estadia dos jovens na área de imigração foi descrita como um verdadeiro pesadelo, pois ficaram em uma sala suja e infestada de baratas, juntamente com outras 11 pessoas. Segundo relatos, o consulado brasileiro na Guatemala se recusou a ajudá-los, alegando que a responsabilidade de retorná-los ao Brasil era da companhia aérea. No entanto, os jovens enfrentaram dificuldades para contatar a empresa e garantir sua volta.

Durante todo o período de retenção, Lucas e João Vitor buscaram soluções legais para resolver a situação, incluindo a contratação de um advogado guatemalteco. Mesmo com voos disponíveis para Brasília, a companhia aérea afirmava não haver disponibilidade para transportá-los de volta ao Brasil. A situação se prolongou até que, finalmente, na manhã desta quinta-feira, os jovens foram liberados para embarcar.

A história dos brasilienses retidos na Guatemala ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa, gerando grande comoção e indignação. Agora, de volta ao Brasil, Lucas e João Vitor esperam esclarecer os mal-entendidos que resultaram na sua retenção na imigração da Guatemala. Embora tenha sido um episódio marcante e traumático, os jovens conseguiram superar os obstáculos e retornar ao conforto e segurança do seu país de origem.

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