Médico é afastado por se recusar a fornecer atestado à mãe que levou filho para UPA

Médico é afastado por se recusar a fornecer atestado à mãe que levou filho para UPA

Um médico que estava de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cambé, no norte do Paraná, foi afastado após se recusar a fornecer um atestado de acompanhante para uma mãe que levou o filho de cinco anos para ser atendido.

Luciana Gonçalves Costa, mãe do menino, relatou que o filho estava com febre e outros sintomas de gripe, e que precisava do atestado para poder cuidar dele em casa. Ela também mencionou que a criança não poderia ir à escola devido aos sintomas.

Ao final da consulta, Luciana pediu ao médico o atestado, mas ele se recusou a fornecê-lo, dizendo que não havia problema em deixar a criança sozinha em casa.

“Assim que acabou a consulta, pedi pra ele um atestado, dizendo que precisava apresentar na empresa (que ela trabalha) e na escola, mas ele falou que não daria. Disse ainda que não teria problema da criança ficar em casa mesmo com febre. Me senti desamparada e comecei a chorar”, afirmou Luciana em entrevista à RPC.

Luciana só conseguiu o atestado com outra médica que assumiu o plantão na UPA. O médico envolvido trabalha de forma terceirizada na unidade, sendo contratado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), que o afastou do cargo após uma notificação da Prefeitura de Cambé. 

O Cismepar anunciou que abrirá um processo administrativo para investigar o caso. E o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também informou que abrirá um procedimento para investigar a conduta do médico.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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