Um médico que estava de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cambé, no norte do Paraná, foi afastado após se recusar a fornecer um atestado de acompanhante para uma mãe que levou o filho de cinco anos para ser atendido.
Luciana Gonçalves Costa, mãe do menino, relatou que o filho estava com febre e outros sintomas de gripe, e que precisava do atestado para poder cuidar dele em casa. Ela também mencionou que a criança não poderia ir à escola devido aos sintomas.
Ao final da consulta, Luciana pediu ao médico o atestado, mas ele se recusou a fornecê-lo, dizendo que não havia problema em deixar a criança sozinha em casa.
“Assim que acabou a consulta, pedi pra ele um atestado, dizendo que precisava apresentar na empresa (que ela trabalha) e na escola, mas ele falou que não daria. Disse ainda que não teria problema da criança ficar em casa mesmo com febre. Me senti desamparada e comecei a chorar”, afirmou Luciana em entrevista à RPC.
Luciana só conseguiu o atestado com outra médica que assumiu o plantão na UPA. O médico envolvido trabalha de forma terceirizada na unidade, sendo contratado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), que o afastou do cargo após uma notificação da Prefeitura de Cambé.
O Cismepar anunciou que abrirá um processo administrativo para investigar o caso. E o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também informou que abrirá um procedimento para investigar a conduta do médico.
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