Mendanha e João Campos já elogiaram pastores presos pela PF

Mendanha e João Campos já elogiaram pastores presos pela PF

 A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e dos pastores evangélicos Arilton Moura e Gilmar Santos durante investigações as PF sobre possível corrupção no MEC movimentou o cenário político em Goiás.

Isso porque, de acordo com a imprensa regional, o grupo político do deputado federal João Campos (Republicanos) e de Gustavo Mendanha (Patriota) já realizou elogios públicos a um dos pastores presos na investigação.

João Campos é pré-candidato a senador na chapa de Gustavo Mendanha que é pré-candidato ao Governo de Goiás. João Campos também é pastor evangélico e tinha até março desse ano, a filha do pastor Gilmar Santos como funcionária de seu gabinete.

Assim que o inquérito sobre o escândalo do MEC foi iniciado, o deputado demitiu a funcionária. Os dois pastores são apontados como integrantes de um gabinete paralelo no ministério durante a gestão de Milton Ribeiro. Eles suspostamente atuavam para liberar verbas federais em troca de propina.

Nesta quarta-feira (22) o Diário da Manhã publicou uma matéria dando conta que “Políticos ligados a Mendanha e Gilmar afirmam que o religioso realiza articulações em Aparecida. Em 2021, o pastor ganhou o título de Personalidade Evangélica do Ano, em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, o ex-ministro Milton Ribeiro, preso com o goiano, também foi agraciado com o “Oscar” de Aparecida, apelido dado à premiação”.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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