Mercado de pequenos provedores de internet fixa aumenta, e muito, em Goiás

A conexão entre as pessoas teria sido ainda mais limitada se não fosse a internet. Esse tipo de comunicação foi o recurso para muitos  trabalharem ou estudarem em homeoffice e as tradicionais reclamações sobre as empresas de telefonia ficaram ainda mais recorrentes. A solução para muitos clientes foi mudar de operadora.

O serviço prestado por pequenas empresas do setor, antes restrito a algumas gigantes do mercado, ganhou espaço. Uma delas é a Fibra Pura Internet, criada há cinco anos pelo engenheiro eletricista Flávio de Castro. A ideia de ter um provedor próprio surgiu quando se mudou de apartamento e teve problemas com a burocracia da antiga empresa com a qual havia contratado a internet fixa.

“Assim como ocorreu comigo, muita gente nos procura insatisfeita com a exigência de fidelidade, venda casada e consulta a crédito. Oferecemos liberdade  para contratação da internet fixa, que aqui é pré-paga. Então, se você viaja, não tem esse custo”, explica.

Uma busca rápida na internet apresenta comentários de clientes dele. Em um deles, o usuário afirma que mudou de operadora porque na região para onde se mudou não era contemplada pela empresa e outro elogia a internet e os profissionais. A limitação da oferta se explica pelo fato de os postes de energia e telefone terem capacidade de oferecer estrutura para apenas cinco empresas.

De acordo com Flávio, os contratos fechados pela empresa dobraram durante a pandemia saltando de 100 para 200 nos meses mais lucrativos. Os pacotes oferecidos custam a partir de R$79,90 mensais.  Ele afirma que a internet fixa não era uma realidade comum para parte desses novos clientes porque alguns usavam apenas o wifi do trabalho ou de ambientes coletivos e a do celular.

Qualidade x Velocidade

 O especialista esclarece que a alegação de muitas pessoas para a qualidade de internet ruim atribuída a qualquer operadora não faz sentido. Para o engenheiro, a falha na conexão depende do uso correto do serviço que funciona melhor quando é prestado por meio de cabos, embora a de wifi seja mais rápida. “Quanto mais distante do modem, menos eficiente ela fica”, diz ele.

Internet Móvel

 A venda da operadora OI e divisão dos clientes da telefonia móvel para a TIM, Vivo e Claro deve aumentar os preços das franquias de internet apenas para essa modalidade. No caso da internet fixa, o empresário acredita que o efeito seja inverso com redução de valores por causa do aumento de operadoras menores atuando no setor.

 

“O reajuste das tarifas de telefonia móvel deve ocorrer porque não há concorrência já que não é permitida a cessão ampliada de frequência de rádio que é a forma como funciona distribuição dos pacotes de internet”, pontua.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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