Casas pagas com criptomoedas e decoradas com obras digitais em NFT são tendência na capital

Uma casa paga com criptomoedas e decorada com quadro de arte digital já é uma realidade em Goiânia. A capital oferece novidades do mundo da tecnologia que são tendência mundial no segmento de imóveis. Em um dos empreendimentos a ser lançado em breve no setor Marista, os compradores ganham uma obra em quadro NFT (“certificado digital”) assinado pelo ex-designer da Rede Globo, Hans Donner, como um presente único e original no mundo.

Serão produzidas 50 obras exclusivas, sendo 35 para os compradores dos apartamentos e 15 para a própria incorporadora. A lógica é que, por meio do NFT, elas estejam conectadas a um código exclusivo numa rede no ambiente digital tornando o arquivo da obra um criptoativo. Em resumo, o quadro tem valor financeiro e pode ser usado para pagamentos, investimentos e transações financeiras online.

A inovação ajuda a garantir uma experiência diferente da convencional. De acordo com o sócio da Séren Incorporadora, Fabiano Almeida, aa criptomoedas são uma opção de pagamento de tendência irreversível e as NFT’s do empreendimento são de uma coleção única avaliada entre US$ 3 mil e US$  10 mil, ou seja, entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, aproximadamente.

“Quem se interessa é um público que procura se manter atualizado e mesmo assim não deixa de ser conservador. Esse perfil de consumidor vem crescendo muito ao passo que essas tecnologias ganham credibilidade e funcionalidade. As obras que daremos de presente podem supervalorizar com o tempo e chegar a valer mais do que o próprio imóvel, hoje na na faixa dos R$ 3 milhões”, afirma.

A autenticidade garantida pelo NFT se estende para todo o mundo digital, sendo aplicados para vendas na internet desde 2021. Uma colagem do norte-americano Beeple chegou a ser comercializada por US$ 69 milhões em um leilão e se tornou o terceiro maior pagamento feito a um artista vivo. 

O mercado parece ser tão promissor que a empresa Samsung lançou no início deste ano modelos de televisão que suportam a plataforma NFT de forma que o será possível descobrir, comprar e negociar arte digital. Além disso, os aparelhos funcionam como uma moldura para a arte ao exibir na tela a obra.

Na prática, os usuários experimentarão um novo mundo que tem soluções para resolver necessidades de qualquer ser humano da era contemporânea. Fazer compras é uma delas, graças às criptomoedas. É o que o chamado metaverso promete com a criação de espaços de realidade digital se misturando aos “de verdade” em tudo o que envolve a rotina de uma pessoa (serviços, trabalho, lazer, estudo e relacionamentos).

Sem golpes com criptomoedas

O emprego de criptomoedas é considerado mais seguro porque garante que as informações, transações e dados estejam protegidos de fraudes. A utilização desse tipo de moeda aumentou 73,3% no ano passado em relação ao ano anterior, conforme dados da Receita Federal. A primeira delas chegou ao país em 2008 e agora já são 5.536, número 30 vezes maior que o de moedas reais emitidas por governos, segundo o portal Você S.A.

O primeiro negócio fechado com moedas digitais no Brasil em Valparaíso de Goiás há quatro meses. A modalidade de pagamento começou quando a desenvolvedora Plano Urbano iniciou a venda de lotes em um bairro planejado chamado parque Reserva do Vale intermediada pela primeira startup do Centro-Oeste, a goiana Terra Token. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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