Mesmo com retomada de eventos, setor prevê queda de público no calendário de 2022

O turismo de negócios sempre foi um dos grandes atrativos de Goiânia. O setor foi bastante afetado pela pandemia, mas começa a dar sinais de fôlego. O Centro de Convenções da capital, por exemplo, deve receber boa parte da média de eventos registrados nos anos anteriores. A expectativa é de redução de apenas 30%.

A gerente comercial do espaço, Eliane Ritter, comemora o retorno do calendário. Um dos trunfos será a realização do maior evento da área tecnológica do país, a 77ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), marcado para outubro. O formato será híbrido, uma tendência, na opinião dela, por questões de ordem logística para organizadores e participantes. O saldo positivo foi possível graças à manutenção de eventos que tinham sido adiados de 2020 para 2021 e do ano passado para este.

“O público é menor, ao menos inicialmente, seja por receio das pessoas ou outros motivos. Apesar disso, o nosso calendário está cheio, principalmente a partir de agosto. O modelo híbrido, com atividades presenciais e virtuais devem dominar, mas a conexão com a internet precisa ser muito boa para funcionar”, afirma.

Apesar da flexibilização das medidas sanitárias contra a Covid-19, um decreto da Prefeitura de Goiânia autoriza a realização de eventos sociais e corporativos limitada à ocupação de 80% do espaço e de 15 mil pessoas, no máximo, para a realização de eventos sociais e corporativos em ambientes fechados ou abertos.

Agenda Cultural

No setor público, os eventos se voltam para o setor cultural. O primeiro a voltar a acontecer com presença de público sob responsabilidade do governo estadual é o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). Ao longo deste ano, retornam a ExpoCavalhadas, a Mostra de Teatro Nacional de Porangatu (TeNpo), o Canto da Primavera – Mostra de Música de Pirenópolis e o concurso Canto da Primavera Kids. A prefeitura da Capital publicou recentemente as atividades previstas para o segmento, inclusive com a volta do tradicional chorinho.

Turismo de Negócios

A movimentação  do turismo no estado é majoritariamente feita por visitantes que vêm para realizar negócios (50%) e em busca de lazer (42%), de acordo com o Relatório de Desempenho Operacional dos Aeroportos realizado pela Infraero. A interrupção das atividades durante a pandemia afetou diversos segmentos, da geração de empregos, a rede hoteleira e de alimentação, além da queda da arrecadação de tributos.

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Desabamento de ponte TO-MA deixa 16 pessoas desaparecidas

Dois dias após o desabamento da ponte que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) sobre o Rio Tocantins, uma força-tarefa composta por agentes dos dois estados e do governo federal continua as buscas por desaparecidos. O incidente ocorreu no domingo, 22. A Polícia Militar do Tocantins confirmou, até a manhã de terça-feira, 24, a morte de duas mulheres.

Uma das vítimas era uma residente de 25 anos de Aguiarnópolis, enquanto os dados da outra vítima ainda não foram divulgados. Além disso, um homem de 36 anos foi encontrado vivo e levado ao hospital de Estreito com uma fratura na perna. Atualmente, 12 adultos e três crianças permanecem desaparecidos.

Veículos envolvidos no acidente

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ao menos oito veículos caíram no rio: quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas. A presença de veículos carregados com ácido sulfúrico e herbicidas complica as buscas, pois as autoridades aguardam os resultados de exames da água para determinar se é seguro iniciar os trabalhos de busca com mergulhadores.

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Como precaução, o governo do Maranhão orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nas cidades banhadas pelo rio Tocantins até que se confirme se esses produtos se diluíram e não oferecem risco.

Condições da Ponte Juscelino Kubitschek

A Ponte Juscelino Kubitschek, inaugurada nos anos 1960, tinha 533 metros e já apresentava problemas conhecidos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizou obras de reparos entre 2021 e 2023, mas a ponte necessitava de ‘obras de reabilitação’.

Em maio de 2024, um edital no valor de aproximadamente R$ 13 milhões foi lançado para a contratação de uma empresa especializada, mas a licitação fracassou. Um relatório obtido pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que o Dnit sabia da situação precária da ponte desde 2019.

O professor de engenharia civil da Universidade Federal do Tocantins, Fabio Ribeiro, atribuiu o acidente a uma série de falhas. O Ministério Público do Tocantins aguarda a conclusão dos laudos técnicos para analisar possíveis providências.

O Dnit interditou o local e decretou situação de emergência para facilitar os trâmites burocráticos para a reconstrução da ponte, com um prazo estimado de 12 meses e um custo entre R$ 100 a R$ 150 milhões. Durante uma coletiva de imprensa, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que mais de R$ 100 milhões serão destinados para a reconstrução imediata da ponte e que uma sindicância será instaurada para apurar responsabilidades.

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