Vídeo: Michele Bolsonaro pode ser incluída em inquérito sobre atos antidemocráticos

A primeira-dama Michele Bolsonaro pode ser investigada por incentivar atos antidemocráticos.  O pedido da inclusão dela no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após a divulgação de um vídeo na internet. Na gravação, bolsonaristas afirmam que a esposa do presidente Jair Bolsonaro enviou lanche para o acampamento deles em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.

Na segunda-feira, 12, os extremistas chegaram a depredar patrimônio público e privada na capital federal e ainda tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Assim como vem ocorrendo desde o fim da eleições em segundo turno, em 30 de outubro, os manifestantes contrários à vitória de Lula estão sendo financiados por diversos grupos de todo o País. Michele seria incluída na lista do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que já tem dezenas de nomes de financiadores dos atos de vandalismo e tumulto, como os bloqueios em estradas brasileiras. Entre eles há sete goianos.

“Requer-se que seja apurada a conduta da Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, com seu eventual indiciamento para que seja investigada sua postura como, potencialmente, uma das financiadoras dos atos, por supostamente atuar no fornecimento de alimentação aos bolsonaristas – o que, naturalmente, possui muito mais uma conotação simbólica de apoio político aos atos antidemocráticos do que propriamente um suporte material ao seu estabelecimento; e, talvez, o apoio simbólico seja o mais importante nessas situações, na medida em que indicaria que os autoritários de plantão encontram respaldo nos próprios atuais residentes do Palácio”, defendeu Randolfe.

O político ainda pediu à Procuradoria-geral da República (PGR) “que promova e acompanhe a imediata desocupação, inclusive com eventual força policial, das adjacências do Palácio da Alvorada por particulares”. Rodrigues ainda taxou a reação dos bolsonaristas após  diplomação de Lula na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como um “ato terrorista” e ressaltou que a “lei, os poderes precisam agir e punir aqueles que não aceitam a vitória da democracia.”

Em novembro, Moraes determinou o bloqueio de contas de 43 empresários. A suspeita é de que eles financiaram atos antidemocráticos a favor do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, há uma possível “Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito”. Ontem, ele afirmou que os “ataques antidemocráticos, desinformação e  discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que já foram identificados serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições”, declarou.

Vídeo: 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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