Michelle Bolsonaro justifica uso de cartão de amiga e diz que Jair é “pão-duro”

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Michelle Bolsonaro justifica uso de cartão de amiga e diz que Jair é “pão-duro”

O advogado da família Bolsonaro afirmou que a ex-primeira-dama Michelle usou o cartão de crédito de uma amiga para despesas pessoais porque o ex-presidente Jair é “pão-duro”. O dinheiro que custeou os gastos teria sido desviado da Presidência da República, conforme apontam suspeitas apuradas pela Polícia Federal (PF). A prática teria sido liderada pelo ex-chefe dos ajudantes de ordens do Planalto, Mauro Cid.

 

As investigações sugerem que Cid orientou as assessoras de Michelle a fazerem depósitos em espécie e fracionados para pessoas próximas à ex-primeira-dama. Em uma entrevista coletiva, a defesa liderada por  Fabio Wajngarten alegou que a própria ex-primeira-dama deu declaração sobre a dificuldade em conseguir dinheiro do marido. Por esse motivo, ela nunca teria tido um cartão com o nome dele como titular.

 

O controle dos gastos à época em que era presidente não seria responsabilidade de Bolsonaro. Cid é quem sacava dinheiro para bancar  “pequenos serviços” de “manutenção da família”. A movimentação financeira em espécie dificultou o rastreio por parte dos investigadores, por isso levantou suspeitas dos policiais federais. 

 

De acordo com a PF, uma tia de Michelle Bolsonaro chamada Maria Graces de Moraes Braga recebeu 12 depósitos em dinheiro e a amiga da ex-primeira-dama, Rosemary Cardoso, recebeu três depósitos.A apuração começou após acesso a dados do celular de Cid, autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os policiais verificaram indícios de práticas ilegais. 

 

Mauro Cid e do ex-ajudante de ordens da Presidência Luís dos Reis estão presos por suspeita de terem fraudados dados do cartão de vacina de Bolsonaro no sistema do Ministério da Saúde. 

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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