A jornalista Andreia Sadi disse no Jornal Hoje, da Rede Globo, nesta quinta-feira, 4, que conversou com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e que a reação deles à indicação da deputada Bia Kicis (PSL) à presidência da Comissão de Constituição e Justiça não foi positiva.
A deputada do Distrito Federal foi indicada pelo PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente. Os juízes indicados teriam dito à jornalista que a relação da CCJ com o Judiciário seria afetada negativamente caso Kicis comande a cadeira.
Além do mais, nos bastidores, lideranças políticas estaria buscando uma “solução” para evitar que a deputada seja escolhida para o posto. Bia já defendeu publicamente o impeachment de Gilmar Mendes e de Alexandre de Moraes.
Para acalmar os ânimos com o Judiciário, membros do Governo teriam tentado afastar dos ministros do Supremo a ideia de que Bolsonaro apoia Bia na CCJ. A deputada, no entanto, é conhecida por ser apoiadora do presidente da República, ou como foi apelidada, de “bolsonarista”.
Caso fique mesmo com o cargo, Bia pretende colocar em votação um projeto para acabar com o “ativismo judicial“. Para o Estadão, a deputada declarou: “Não quero o STF interferindo nas minhas funções de parlamentar”.