Miss IA: primeiro concurso de beleza para criações por inteligência artificial, vencedora vai ganhar US$ 5 mil

O primeiro concurso de beleza do mundo para criações por inteligência artificial (IA) foi anunciado. Os critérios a serem julgados para coroar as figuras femininas criadas tecnologicamente serão beleza, tecnologia e influência social.

O concurso faz parte de um novo programa de premiação global para a economia criadora de IA, denominado Fanvue World AI Creator Awards (WAICAs). A ideia do evento foi criada pela Fanvue, plataforma de criação de conteúdo, após um enorme crescimento no número de criadores gerados por IA ingressando nela desde o fim de 2023.

O “Miss AI” está sendo considerado “um salto monumental à frente”, com o seu lançamento quase 200 anos após o primeiro concurso de beleza da vida real.

A plataforma Fanvue, espera receber milhares de inscritos na competição, serão escolhidas apenas 10 modelos. Depois, as três finalistas serão anunciadas em uma cerimônia de premiação online em maio.

“É realmente emocionante estar envolvido em um prêmio que parece tão futurista. Curiosamente, existem muitos paralelos entre os concorrentes da vida real e os criadores de IA, e como eles se envolvem com seu público”, disse a historiadora Sally-Ann Fawcett, ao jornal britânico Daily Mail.

Para participar, as participantes devem ser da geração original de IA e enviar apenas imagens. Suas criações serão julgadas com base em alguns dos aspectos clássicos de beleza, como nos concursos tradicionais de Miss.

No critério de beleza, as competidoras serão julgadas por alguns dos aspectos clássicos, incluindo respostas únicas a uma série de perguntas como “se você pudesse ter um sonho de tornar o mundo um lugar melhor, qual seria?”.

Em tecnologia, os modelos ganharão pontos pela habilidade e implementação de ferramentas de IA usadas para criar obras-primas digitais, o que inclui o uso de prompts e detalhes visuais em torno de mãos, olhos e planos de fundo.

A influência social também será avaliada, as concorrentes serão julgadas com base em seus números de envolvimento com os fãs, na taxa de crescimento do público e na utilização de outras plataformas, como o Instagram.

O júri será formado por duas influenciadoras geradas por IA e que fazem sucesso nas redes sociais: Aitana Lopez e Emily Pellegrini. Além delas, o consultor André Bloch e a historiadora Sally-Ann Fawcett serão os jurados do concurso de beleza pioneiro.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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