Monge DJ agita pistas de dança na Coreia do Sul com música eletrônica e ensinamentos budistas

Monge DJ agita pistas de dança na Coreia do Sul com música eletrônica e ensinamentos budistas

Um DJ sul-coreano, com a cabeça raspada e trajes de monge, canta escrituras budistas tradicionais combinadas com conselhos de vida para a Geração Z, ao ritmo de música eletrônica, enquanto a multidão delira de êxtase.

Youn Sung-ho, um comediante que se transformou em músico, é responsável pela crescente popularidade do budismo entre os jovens sul-coreanos, graças às suas apresentações inspiradas na religião. No entanto, suas performances provocaram controvérsias em países asiáticos, inclusive chamando a atenção policial na Malásia.

Na tradição zen-budista da Coreia do Sul, que acredita na transcendência da verdade religiosa além do físico, Youn foi acolhido calorosamente pelo alto clero do budismo, que o vê como uma ferramenta de conexão com os jovens. Um monge sênior até mesmo concedeu a Youn o título de monge NewJeansNim, sob o qual o homem de 47 anos, sem ordenação formal, agora se apresenta.

“Dor! Porque eu não recebo aumento. Dor! Porque segunda-feira chega rápido demais”, NewJeansNim entoa suas músicas enquanto centenas de pessoas, principalmente jovens coreanos, dançam ao som, movendo as mãos em sincronia. 

As filmagens de suas performances cativantes e cheias de energia se tornaram virais, exibindo imagens marcantes de Youn, vestido com um manto e com a cabeça raspada, enquanto dança, canta e gira os toca-discos.

“Nunca esperei esta reação. É impressionante “, disse Youn à agência France Presse antes de sua apresentação em Seul, no último fim de semana. “Minha mãe era budista, e eu também frequentava os templos desde muito jovem, então o budismo é algo natural para mim”, acrescentou.

Suas letras motivacionais são “exatamente o que eu disse a mim mesmo no ano passado, quando não tinha trabalho e estava realmente lutando. Bons dias vêm”.

Assista ao vídeo:

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos