Moto é apreendida em Goiânia com quase R$ 90 mil em multas

Com quase R$ 90 mil em débitos, moto é apreendida em Goiânia

A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) apreendeu em Goiânia uma motocicleta de marca e modelo Honda CG 125 Fan, com débitos de quase R$ 90 mil. De acordo com o órgão, o veículo somava 360 multas em um valor total de R$ 87.872,44. O veículo foi recolhido para o pátio da SMM, localizado na Rua Recife com a BR-153. O condutor só poderá retirá-lo do local após a legalização de todas as pendências.

Moto com pendências e multas

Segundo o diretor de Fiscalização de Trânsito da SMM, Henrique Addad, o condutor da moto teria se envolvido em um acidente sem vítimas. Isso ocorreu na Alameda Contorno com a Rua 9, no Bairro Jardim Santo Antônio. No momento em que agentes executavam a averiguação, constatou-se a quantidade de débitos.

A título de curiosidade, uma moto Honda CG 125 Fan tem sugestão de preço de R$ 6.790,00. Portanto, o valor das multas que o condutor acumulou é 12,94 vezes maior do que o custo original do veículo.

Com os R$ 87.872,44, seria possível comprar uma moto Ducati Diavel Carbon, que vai de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos. No campo dos automóveis, esse valor abriria margem para o condutor comprar um Jeep Renegade Sport, modelo 2016; um Volkswagen Gol 1.0 Flex, modelo 2022; e um Hyundai HB20 Sense 1.0 Flex, modelo 2023.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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