MP-GO suspende direitos políticos ds ex-prefeito de Firminópolis

Em recurso interposto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), a Justiça condenou o ex-prefeito de Firminópolis Leonardo de Oliveira Brito e o contador Vilmar Araújo dos Santos por ato de improbidade administrativa. Ao primeiro, foi aplicada a pena de suspensão dos direitos políticos por cinco anos e pagamento de multa civil de dez vezes o valor da remuneração recebida por ele à época.

Já Vilmar dos Santos está proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos. O entendimento foi da Segunda Turma Julgadora da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que seguiu, à unanimidade, voto do relator, desembargador Fausto Diniz.

O caso

De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Lemos Guerra, Leonardo de Oliveira Brito, na qualidade de ex-chefe do Executivo municipal, contratou Vilmar Araújo dos Santos, proprietário da empresa Contabilidade Pública Araújo Ltda. para prestar serviços contábeis entre 2012 e 2016 pelo valor de R$ 582 mil. Em razão da contratação direta, sem licitação, o Ministério Público ingressou com ação civil pública por ato de improbidade administrativa

Apesar de ter reconhecido a ausência de singularidade dos serviços contábeis e, por conseguinte, a ilegalidade na contratação de tais serviços por inexigibilidade de licitação, a sentença de primeiro grau afastou a condenação dos réus por ausência de provas com relação à má-fé, alegando que o tema sobre inexigibilidade de licitação é controvertido. Desse modo, foi determinado apenas que o município se abstivesse de celebrar contratos de prestação de serviços na área contábil sem observância do procedimento licitatório.

Nas razões recursais levadas ao TJGO, o MP reforçou o pedido de condenação do ex-prefeito e do contador. Por sua vez, em seu recurso, o município voltou-se contra a sentença na parte em que o proibiu de realizar contratações futuras de serviços contábeis por meio de inexigibilidade de licitação, por se tratar de elemento incerto.

O primeiro recurso foi acolhido, já o segundo, rejeitado. O acórdão considerou parecer do procurador de Justiça José Carlos Mendonça. No julgamento do recurso, representou o MP na sessão o procurador de Justiça Wellington de Oliveira Costa.

Fonte: Assessoria de Comunicação MP-GO

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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