Mulher presa por perseguir dentista em Santa Catarina invadiu o prédio dele duas vezes, conforme consta no processo. Nas duas ocasiões, ela bateu insistentemente na porta do apartamento da vítima. O crime teve início em 2019, após a suspeita passar por uma consulta para tratamento odontológico na cidade de Itapema, segundo informações da Polícia Civil.
A mulher de 24 anos foi presa sob a acusação de perseguir um dentista e sua noiva, invadindo o prédio onde o profissional reside em ao menos duas ocasiões, uma em 2023 e outra em 2024. Além disso, ela seguiu o casal até a praia e os insultou. Esses fatos estão documentados no processo de indenização movido pelo dentista.
A prisão da suspeita ocorreu em Itajaí, na mesma região, na segunda-feira (3), pelos crimes de perseguição, injúria e ameaça. A Polícia Civil informou que a mulher descumpriu medidas cautelares impostas pelo Poder Judiciário. De acordo com o relato do dentista, a primeira invasão ao prédio ocorreu em janeiro de 2023, quando a suspeita interfonou no apartamento e começou a bater insistentemente na porta.
Após esse episódio, a mulher permaneceu sentada em frente à porta do apartamento, sendo necessário o acionamento da Polícia Militar. A segunda invasão aconteceu em abril de 2024, com o dentista não estando em casa na ocasião. Antes disso, houve um incidente na praia, em março do mesmo ano, onde a suspeita se dirigiu ao local e ofendeu o dentista e sua noiva.
O crime de perseguição, conhecido como “stalking”, foi incluído no Código Penal em 2021. Trata-se de prática criminosa que se caracteriza pela ameaça à integridade física ou psicológica da vítima, restringindo sua liberdade e privacidade. Segundo Nayara Caetano Borlina Duque, delegada da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, o crime ocorre quando a perseguição afeta a vida do alvo.
Em caso de necessidade de ajuda em Santa Catarina, é possível acionar a Polícia Civil através do WhatsApp (48) 98844-0011, utilizar a Delegacia Virtual, ligar para o Disque 100 ou para o número 182, e também entrar em contato com a Polícia Militar pelo número 190. É fundamental denunciar casos de perseguição e buscar auxílio para garantir a segurança e a integridade das vítimas.