Mulher é queimada por ex companheiro, três dias após vencimento de medida protetiva

Segundo a polícia, a vítima tinha uma medida protetiva temporária contra o ex parceiro e aguardava renovação

Mulher é queimada por ex companheiro, três dias após vencimento de medida protetiva

Na última quarta-feira (13), uma mulher de 24 anos, teve o corpo queimado logo após ter sofrido uma tentativa de feminicídio pelo seu ex companheiro em Catalão, sudeste de Goiás. A vítima foi levada para o Pronto Socorro da Santa Casa do município, com vários ferimentos e queimaduras. A agressão aconteceu 3 dias depois do vencimento de uma medida protetiva temporária.

Em relato da vítima para a polícia, o fato aconteceu na quarta-feira (13) por volta das 10h00.  A mulher estava a caminho do trabalho, quando o ex companheiro aparece e a forçou a entrar em um veículo.

O suspeito levou a mulher para zona rural parando o carro nas proximidades da cidade de Goiandira. Ali, então, iniciaram as agressões com chutes na região da cabeça e tórax. De acordo com a vítima, nesse momento ela começou a perder consciência e o suspeito abriu um frasco de álcool, ateando fogo sobre seu tórax e costas. Neste momento ela conseguiu sair em fuga pela mata fugindo do agressor, e pedir ajuda a terceiros que passava pela rodovia GO.

Segundo  informações da Santa Casa de Catalão, a paciente se encontrava internada, com queimaduras de 2º e 3º graus e politrauma, com estado de saúde estável. Entretanto, foi informado que a paciente poderá ser transferida a qualquer momento para Goiânia.

Relacionamento conturbado com medida protetiva

Segundo a polícia, a vítima tinha uma medida protetiva temporária conta o ex-parceiro, que tinha vencido três dias antes do crime, ela aguardava a renovação. De acordo com familiares da vítima, os dois tinham um relacionamento conturbado, mas no momento da agressão, ela estava separada e morando com a mãe. Por outros acontecimentos, ela já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o mesmo homem

De acordo com a delegada Alessandra Maria de Castro, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a vítima disse em depoimento no hospital, que tudo ocorreu por ciúmes.

“Ela contou que teve um relacionamento de quatro anos, mas que há dois meses eles estavam separados. Eles vinham conversando amistosamente nos últimos dias e, antes de ontem, ele começou a ter ciúmes dela e perguntar se ela estava ficando com outro homem”, relata Alessandra.

A delegada ainda disse que o simples fato de estarem conversando por aplicativos de bate-papo, já era um descumprimento da medida. O suspeito de 29 anos está foragido e a DEAM continua investigando o caso.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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