Mulher leva filhos com dores ao médico e descobre intoxicação por cocaína

Uma mulher foi surpreendida aos levar os dois filhos, de 2 e 4 anos, a um hospital em Mendoza, na Argentina, após fortes dores abdominais. Exames médicos atestaram que as crianças foram intoxicadas por cocaína, e as autoridades policiais foram notificadas para investigação. Caso aconteceu na última terça-feira, 19.

Segundo relatos, a mãe decidiu levar os filhos aos médicos depois que as crianças, que estavam com o pai, chegarem em casa se queixando de fortes dores no estômago. Após os pediatras examinarem as crianças, eles perceberam que a dor não era normal e os encaminharam para uma série de exames. No entanto, ninguém esperava que o resultado de ambos fosse intoxicação por cocaína.

O caso foi notificado a polícia, que rapidamente foram até a casa do pai das vítimas para apurar o ocorrido. “Acreditávamos que a substância consumida pelos meninos seria propriedade do pai dos menores e seria para consumo pessoal”, informou o Tribunal de Justiça. No entanto, nenhuma droga foi encontrada na residência do homem durante a operação.

“Não descartamos nada. Por enquanto, o pai está envolvido porque era o responsável pelos menores e os meninos acabaram embriagados.”, informou o Tribunal.

O Ministério da Saúde de Mendoza divulgou uma nota após a divulgação do caso. O órgão afirmou que a criança de 2 anos se encontra estável, evoluindo bem e internada em sala comum. Já a criança mais velha foi transferida ao Hospital Notti devido a complicações associadas ao quadro de saúde.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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