Mulher tenta matar marido por receber cartão-postal de ex de 60 anos atrás

Bertha Yalter, de 71 anos, foi presa em 28 de janeiro, em Miami Beach (Flórida, EUA) , por tentar matar o marido após ele receber um cartão-postal de ex com quem ele namorou há 60 anos atrás. A americana mordeu e tentou asfixiar o marido com um travesseiro, eles estão juntos há 52 anos

Bertha atacou o seu marido, mesmo Yalter, após ela ler o cartão-postal com mensagem da mulher que foi namorada de Memo, na adolescência, e que estava viajando pela Turquia. O conteúdo da correspondência não foi divulgado.

De acordo com a reportagem da emissora WPLG, a americana infligiu “vários hematomas graves e lacerações abertas, bem como marcas de mordidas abertas que sangravam” no marido. Durante o ataque, a idosa tirou o celular do cônjuge para que ele não pudesse pedir ajuda. A vítima conseguiu escapar do ataque e, após recuperar o celular, ligou para a polícia.

Antes de ter o telefone “confiscado” pela esposa, Memo conseguiu gravar partes das agressões. As imagens foram usadas pela polícia para indiciar Bertha. A idosa foi liberada após pagamento de fiança. Mas deve se manter longe do marido.

O advogado de Bertha, Jeffrey Weiner, disse que Memo deseja que o caso seja encerrado, alegando “estar bem”. A Promotoria, por sua vez, deseja prosseguir com o caso. “Eles discutiram, a situação saiu do controle, mas não havia absolutamente nenhuma razão para ela ser acusada de tentativa de homicídio”, disse Weiner, chamando a situação de “lamentável” e “desagradável”.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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