“Não escolhi ter um surto”, diz mulher flagrada fazendo sexo com mendigo no DF

A mulher flagrada pelo marido fazendo sexo com mendigo no Distrito Federal, falou pela primeira vez sobre o assunto. Sandra Mara Fernandes, de 33 anos, disse que sempre soube que “vivemos numa sociedade desigual” e reforça: “eu não escolhi ter um surto, eu não escolhi ter sido humilhada, eu não escolhi ter minha vida exposta e devastada!”. O desabafo foi feito por meio de uma publicação nas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (27).

No texto, a mulher disse ter passado por dias muito difíceis. Ela também lamentou os ataques recebidos em função do ocorrido.

“Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior”, escreveu.

Ainda na publicação, ela diz que luta na justiça pelos seus direitos. Já que segundo ela foi “usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações”. Sandra também afirma que foi colocada em uma contexto “nojento” e “sórdido”.

“Hoje eu busco na justiça os meus direitos , pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer , e , principalmente , ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojentos e sórdidos . Sigo batalhando, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque Deus é maior e infinitamente bom!”, concluiu.

Relembre o caso:

Em março deste ano, a mulher foi flagrada pelo marido, o personal trainer Eduardo Alves de 31 anos, mantendo relações sexuais com o morador em situação de rua, Givaldo Alves, de 48 anos.

Na ocasião, Eduardo chegou a agredir Givaldo. Dias depois, o mendigo concedeu diversas entrevistas contando detalhes do ocorrido. O episódio ficou por dias entre os assuntos mais comentados na internet, além de gerar diversos memes.

Com isso, Givaldo ganhou fama e dinheiro. Agora, ele mora em um hotel de luxo de São Paulo e é convidado vip de diversas festas de influences.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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