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No Brasil, há 30 vezes mais ganhadores da Mega Sena do que gêmeos de pais diferentes pelo mundo

Última atualização 10/09/2022 | 14:55

Ainda neste mês de setembro, o número de gêmeos de pais diferentes registrados no mundo chegou a 20 com a identificação de mais um caso em Mineiros, a cerca de 450 quilômetros de Goiânia. A raridade da situação torna a possibilidade de ganhar na Mega Sena mais real, comparativamente. Até hoje, o Brasil já teve 600 sortudos que se tornaram milionários com o prêmio da loteria. 

A proporção de 30 vezes mais ganhadores da Mega Sena no Brasil do que de gêmeos de pais diferentes no mundo, é explicada pelo difícil alinhamento de quatro fatores para que ocorra uma gravidez nessa situação. O “milagre” ocorre somente quando o corpo da mulher libera dois óvulos no mesmo ciclo menstrual.

Isso acontecendo, ela ainda precisa manter relações sexuais com pelo menos dois homem em um curto intervalo de tempo; que os espermatozóides deles fecundem as duas células sexuais femininas; e ainda que os embriões se desenvolvam satisfatoriamente. 

De acordo com o ginecologista Eduardo Castro, uma gestação natural de gêmeos também é rara, mas não tanto quanto a chamada superfecundação heteropaternal. Ele afirma que a quantidade de gêmeos parece ter se tornado mais comum porque muitos são resultado de fertilizações in vitro, que tornam a condição mais recorrente. Os cuidados pré-natais, no entanto, são os tradicionais.

“O impedimento, digamos assim, para uma gravidez de gêmeos de pais diferentes seria todos os fatores coincidirem. Ovular mais de um óvulo pode ocorrer em algum momento da vida de qualquer mulher, embora o normal seja apenas um”, explica.

Em humanos, o primeiro caso registrado pela literatura médica foi em 1810 devido à aparência física das crianças e o segundo em 1978 com a realização de uma espécie de exame de DNA.  O mais recente episódio de gêmeos de pais diferentes no mundo ocorreu em Goiás com uma jovem de 19 anos.

Ela afirmou que descobriu quando um dos homens pediu o teste de paternidade que deu positivo para apenas uma das crianças nascidas no ano passado.  O Brasil tem apenas dois casos oficializados.