No México, multidão lincha homem por boatos de sequestros de menores

Pessoas queimam homem México

Na comunidade de Papatlazolco, no México, moradores decidiram fazer justiça com as próprias mãos. Cerca de 30 pessoas queimaram um homem vivo, após rumores de que ele seria sequestrador de crianças. Além disso, outras 200 pessoas estiveram presentes assistindo, e os policiais não conseguiram salvar a vítima a tempo.

Uma barbárie no México

De acordo com as autoridades locais do México, boatos começaram a circular no WhatsApp de que alguém estaria sequestrando crianças nas redondezas. Por mensagens, os residentes conversaram entre si para que tomassem precauções contra o suposto criminoso.

Daniel Picazo, de 31 anos, ex-assessor da Câmara dos Deputados, era natural de Papatlazolco e retornou à comunidade para uma visita. Segundo a família da vítima, Picazo teria se perdido no caminho para a vila, no momento em que caiu em uma emboscada.

Os habitantes afirmaram às mídias locais que Picazo estaria dirigindo pelas ruas com uma van e a companhia de um menor de idade. As autoridades do México, no entanto, rechaçaram essa possibilidade.

De qualquer forma, os residentes chegaram à conclusão de que Picazo seria um sequestrador de crianças e o retiraram de seu veículo. Em seguida, o agrediram, levando-o até uma quadra de esportes. Por fim, amarraram-no e jogaram gasolina em seu corpo, ateando fogo na sequência.

Policiais e profissionais da saúde tentaram impedir o assassinato, mas a multidão não deixou que eles chegassem ao ponto em que estava Daniel Picazo. Quando alcançaram o homem, já era tarde demais.

“A justiça com as próprias mãos não é justiça, e sim barbárie”, disse um comunicado das autoridades locais. A irmã de Picazo se mostrou enojada nas redes sociais, dizendo que o irmão estava “no lugar errado, na hora errada”.

Até o momento, ninguém foi preso pelo linchamento em Papatlazolco. Policiais seguem investigando o caso.

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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