Novo álbum da Filarmônica está disponível nas principais plataformas de streaming

Agora é possível ouvir a Orquestra Filarmônica de Goiás nas plataformas de streaming Spotify, Deezer, YouTube e Apple Music. O lançamento, que faz parte do projeto Música do Brasil, do selo europeu Naxos, apresenta o álbum Krieger: Canticum Naturale, Ludus Symphonicus e Variações Elementares, com 22 composições de Edino Krieger, executadas pela Filarmônica sob a regência de seu maestro titular, Neil Thomson.

A composição “Fanfarra e Sequência” conta com a participação do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, e “Canticum naturale II. Monólogo das águas” tem a voz da soprano Flávia Fernandes. Esta última obra foi composta em 1972 – tendo como base cantos de pássaros e ruídos ambientais da Amazônia – e é a obra mais conhecida do compositor. Para quem se interessar, o CD pode ser adquirido no link lojaclassicos.com.br/produto/kriegerorchestralworks/; no streaming, o perfil pode ser encontrado com o nome em inglês: Goiás Phillharmonic Orchestra.

As gravações da Filarmônica goiana conquistaram destaque nacional e internacional. Nesta semana a revista inglesa Gramophone, uma das maiores do planeta em música clássica, publicou uma crítica elogiosa a outro álbum da Filarmônica, feito em conjunto com a violoncelista Marina Martins, executando sinfonias de Claudio Santoro. O álbum, que é segundo no ranking mundial do selo Naxos, foi produzido dentro do projeto Brazilian Concert.

Edino Krieger

O catarinense Edino Krieger começou a estudar violino com o pai, aos 7 anos. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música e na Juilliard School of Music de Nova York, onde também tocou na Mozart Orchestra. Ganhou o Prêmio Internacional da Paz na década de 1950 em Varsóvia e, já em Londres, estudou composição com Lennox Berkeley e trabalhou para a Rádio BBC produzindo programas sobre compositores britânicos contemporâneos que seriam transmitidos para o Brasil ao longo do ano de 1956. Krieger faleceu em dezembro do ano passado, aos 94 anos.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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