Novo estudo brasileiro inova no tratamento do câncer de pênis

Novo estudo brasileiro inova no tratamento do câncer de pênis (Reprodução/CBU - Centro brasileiro de Urologia)

Uma pesquisa brasileira inédita foi apresentada nesta segunda-feira, 3, no ASCO, o principal congresso de oncologia do mundo. Os cientistas analisaram a eficácia da imunoterapia em combinação com a quimioterapia convencional como tratamento de primeira linha para o câncer de pênis avançado.

O Brasil é um dos países com maior índice de câncer de pênis, representando 2% de todos os casos diagnosticados no país. A pesquisa acompanhou 33 pacientes com a doença, submetidos a seis sessões de imunoterapia e quimioterapia, seguidas por mais 34 aplicações de imunoterapia. Dos participantes, 75% apresentaram redução no volume tumoral e 39,4% tiveram uma diminuição significativa do câncer.

Os pesquisadores identificaram também dois marcadores que podem prever uma melhor resposta ao tratamento. Pacientes com P16 positivo e TMB alto tiveram taxas de resposta de 55,6% e 75%, respectivamente.

O oncologista Fernando Maluf, responsável pelo estudo, destaca a importância dos resultados não apenas para a ciência brasileira, mas também para a comunidade global. Ele ressalta que investir em inovação para todos é fundamental para alcançar resultados significativos e beneficiar os pacientes e a sociedade como um todo.

A pesquisa foi realizada em parceria com o Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), um grupo sem fins lucrativos que visa promover estudos sobre o câncer na América Latina e melhorar os resultados do tratamento na região. Atualmente, o LACOG conta com a participação de médicos de 16 países e 11 especialidades, demonstrando a importância dos ensaios clínicos para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias.

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Quase 19% das pessoas que tiveram covid-19 têm sintomas persistentes

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas. 

A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, apresentada nesta quarta-feira, 18, mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.

Vacina

De acordo com o estudo, a vacinação contra a covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a convid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

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