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Novo estudo do Idec revela presença de agrotóxicos em 24 alimentos; confira marcas

Última atualização 05/06/2024 | 16:38

Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que 12 marcas de alimentos ultraprocessados no Brasil, ou seja, produtos que passam por vários processos industriais e contêm aditivos, apresentam resíduos de agrotóxicos.

As descobertas foram publicadas no terceiro volume do relatório “Tem veneno nesse pacote”. Ao todo, foram analisados 24 alimentos vendidos em supermercados, incluindo opções vegetarianas, com até 563 agrotóxicos identificados.

Entre os produtos químicos detectados, o herbicida glifosato foi o mais comum nos alimentos. A farinha de trigo, utilizada em muitos produtos, foi o ingrediente mais contaminado com substâncias consideradas prejudiciais à saúde.

Alguns alimentos, como os biscoitos de maisena Marilan e Triunfo, foram encontrados com resíduos de 4 tipos diferentes de pesticidas cada. Outros alimentos, como os macarrões instantâneos Nissin e Renata, o hambúrguer à base de plantas Sadia, o empanado à base de plantas sabor frango Seara e o bolo pronto sabor chocolate Ana Maria, foram encontrados com 3 tipos de pesticidas.

Anvisa

Em uma reunião recente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Idec questionou a falta de regulação rigorosa dos produtos químicos utilizados na agricultura brasileira. Enquanto isso, a Anvisa afirmou que a contaminação por pesticidas pode ocorrer através de resíduos das matérias-primas utilizadas nos alimentos.

A falta de regulamentação para produtos ultraprocessados foi destacada, com a Anvisa explicando que não há uma base conceitual para estabelecer limites mínimos ou máximos desses químicos. Por outro lado, a segurança dos alimentos é garantida quando os limites máximos de resíduos são respeitados.

Em resumo, o estudo do Idec revelou a presença de agrotóxicos em alimentos ultraprocessados, levantando preocupações sobre os impactos na saúde dos consumidores e a necessidade de uma regulação mais rigorosa por parte da Anvisa.

Respostas das empresas

De acordo com a Selmi, a empresa realiza análise e monitoramento constante das farinhas utilizadas, sem registro de inconformidades. Todos os fornecedores passam por homologação e são avaliados quanto à qualidade e sustentabilidade.

Já a Fazenda Futuro relata que fazem toda a documentação necessária e esclareceram que não possuem hambúrguer vegetal com sabor a frango.

A BRF explica que a produção é fiscalizada por órgãos competentes e os níveis apontados pelo IDEC estão abaixo dos previstos na legislação. A empresa respondeu todos os questionamentos levantados.

A Nissin Foods atende a toda a legislação vigente e boas práticas aplicáveis sobre o tema dos resíduos de agrotóxicos em produtos alimentícios ultraprocessados.

A Bagley do Brasil segue padrões rigorosos e mantém processos modernos de Food Safety. Garante a qualidade dos produtos e a segurança dos consumidores. Avaliou as matérias-primas em questão e garante que estão dentro dos limites estabelecidos.

Já o Grupo Marilan diz estar comprometido com a saúde e bem-estar dos consumidores, cumpre integralmente as normativas vigentes da Anvisa.

A Aurora Coop afirma que não produziu o produto alvo da notificação e reforça o controle de toda a cadeia produtiva, garantindo a qualidade e segurança dos produtos.

A Bimbo Brasil (Ana Maria) reitera o cumprimento da legislação em todo o processo de produção, com rigorosos controles de qualidade e fornecedores homologados. Garante que não há produtos à venda que representem riscos à saúde dos consumidores.

Por fim, o Grupo Piracanjuba prestou todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes.

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