Novo presidente do INSS demitido por esquema de fraudes durante governo de Lula

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Alessandro Stefanutto é o novo presidente do INSS a ser demitido durante o governo de Lula. Antes dele, Glauco Wamburg também foi escolhido por Lula e exonerado em 2023 por suspeitas de uso irregular de passagens pagas pelo governo. Stefanutto tornou-se o segundo presidente do INSS a cair durante o mandato atual de Lula, após uma operação que revelou um esquema de fraudes no órgão.

O ex-presidente do INSS foi afastado após uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) descobrir desvios de recursos através de descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Neste esquema, os suspeitos retiravam valores mensais dos beneficiários, como se eles fossem membros de associações de aposentados, sem autorização dos mesmos, resultando em fraudes bilionárias entre 2019 e 2024.

A demissão de Stefanutto foi orientada pelo presidente Lula e publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União, assinada pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. De acordo com as investigações, além do ex-presidente, outros quatro servidores do alto comando do INSS foram afastados de seus cargos, por não terem agido para impedir as fraudes no período mencionado.

Stefanutto é servidor de carreira desde o ano 2000 e, até recentemente, era filiado ao PSB. Atualmente, está filiado ao PDT, partido de Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo. Cinco outros servidores do INSS foram afastados por determinação da Justiça, entre eles o procurador-geral do INSS, o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, o diretor de Benefícios, o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios, e um colaborador da Polícia Federal envolvido nas fraudes.

O desgaste na relação entre Lula e Lupi, ministro da Previdência Social, ocorreu após o ministro evitar demitir Stefanutto durante uma coletiva de imprensa. Lupi defendeu a indicação do ex-presidente do INSS como sendo de sua total responsabilidade. Desta forma, a demissão de Stefanutto e o afastamento de outros servidores do INSS demonstram a gravidade das fraudes e a necessidade de medidas para garantir a lisura e transparência no órgão.

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